Apetite de investidores

ETOR: eToro faz estreia avassaladora na bolsa americana com IPO explosivo

Com apoio da BlackRock e valuation bilionário, fintech israelense inaugura nova era para startups no mercado de capitais após retração.

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ETOR: eToro faz estreia avassaladora na bolsa americana com IPO explosivo
  • Ações da fintech subiram 29% no primeiro dia, com valuation saltando para US$ 5,4 bilhões
  • Investidores veem a listagem como indicativo de recuperação do setor após três anos de seca
  • Sucesso da eToro pode destravar fila de IPOs travada desde 2021 no segmento de fintechs

A fintech israelense eToro estreou com força total na Nasdaq, sinalizando o retorno do apetite de investidores por startups de tecnologia. No primeiro dia de negociação, as ações da plataforma de social trading dispararam 29%.

Dessa forma, elevando seu valor de mercado para US$ 5,4 bilhões. Um salto de mais de 50% sobre seu último valuation privado, de US$ 3,5 bilhões em 2023.

O CEO e cofundador da empresa, Yoni Assia, celebrou o feito com uma declaração contundente:

“Estamos abrindo oficialmente o mercado de IPOs de tech em 2025,” afirmou o CEO e cofundador da companhia.

Investimento alto

O entusiasmo, no entanto, não veio por acaso. O IPO, ancorado por um investimento de US$ 100 milhões da BlackRock, representa o primeiro registro de abertura de capital de uma fintech desde 2021. Além da primeira listagem relevante no setor de tecnologia após as turbulências provocadas pelas medidas tarifárias de Donald Trump, em abril deste ano.

Apesar da euforia inicial, o papel apresentou alta volatilidade no segundo dia de negociações. A ação, no entanto, chegou a cair 7% ao longo da sessão, mas encerrou o pregão com uma leve baixa de 0,2%, em linha com a instabilidade recente nos mercados globais.

A eToro, com sede em Tel Aviv, nasceu em 2007 como RetailFX. Em 2010, transformou-se na plataforma que hoje desafia gigantes como a Robinhood, ao permitir que usuários copiem estratégias de investidores de sucesso. Contudo, recurso que a consagrou como uma pioneira do “social trading”.

Com 38 milhões de usuários cadastrados, a empresa obtém 70% de sua receita na Europa, embora esteja em expansão acelerada na Ásia e no Oriente Médio. Agora, a meta é clara: conquistar os Estados Unidos, onde pretende ampliar sua base de usuários e sua atuação em negociações de ações e criptomoedas, os principais motores de sua receita.

A trajetória da fintech até sua estreia pública não foi simples. Em 2021, a eToro tentou abrir capital via uma fusão com um SPAC, almejando um valuation de US$ 10 bilhões. Sem adesão suficiente, o plano fracassou. Quatro anos depois, ela volta ao mercado com uma estrutura mais sólida, respaldo institucional e um momento de mercado mais receptivo.

Ecossistema das fintechs

O sucesso do IPO da eToro já provoca efeitos em cadeia no ecossistema das fintechs. A sueca Klarna, que havia congelado seu processo de abertura de capital após a volatilidade do “Dia da Libertação” de Trump, agora reavalia o cenário.

Outra que se prepara para testar o humor do mercado é a Chime, no entanto, que acaba de protocolar seu pedido de listagem com o objetivo de alcançar US$ 10 bilhões em valuation.

Os próximos meses, portanto, prometem ser movimentados. Entre os IPOs mais aguardados estão o da Stripe, com valor estimado em US$ 91,5 bilhões, e da Revolut, avaliada em US$ 45 bilhões. Se a eToro abriu as portas, essas gigantes podem transformar 2025 no ano da renascença dos IPOs de tecnologia.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.