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Mesmo com aumento nos custos, setor têxtil e de confecção prevê abrir mais de 7,6 mil vagas em 2022

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A indústria têxtil e de confecção brasileira deverá fechar o ano de 2022 com saldo positivo na criação de vagas formais, consolidando a retomada na geração de empregos observada em 2021, após dois anos de retração nesse indicador. A expectativa ocorre em meio a um cenário de aumento dos custos ao longo de 2022, e contrasta com a previsão de queda na produção.

Nos doze meses encerrados em outubro, o setor gerou 7,6 mil postos de trabalho. Os dados, que tem como base o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), foram divulgados na terça-feira, 13 de dezembro, em coletiva de imprensa de balanço do setor.

Na oportunidade, Pimentel apresentou os principais indicadores e as perspectivas da indústria têxtil e de confecção, que seguiu fortemente pressionada, em 2022, pela majoração nos preços dos insumos. Entre janeiro e outubro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou incrementos de 8,3% para as indústrias têxteis e 14,8% para as confecções. No acumulado de 12 meses (de outubro de 2021 a outubro de 2022), a inflação para os produtores dos dois segmentos foi de, respectivamente, 12,6% e 16,2%.

Do ponto de vista do consumo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do segmento de vestuário de janeiro a outubro registrou elevação de 14,9%, chegando a 18,4% no acumulado anualizado. Segundo Pimentel, no entanto, o índice do setor corresponde a pouco mais de 50% do IPCA geral na série histórica desde a criação do Plano Real, há mais de 28 anos. O setor tem tido, portanto, um papel relevante para a relativa estabilidade de nossa moeda ao longo deste período, dado ser um segmento de alta concorrência, tanto interna quanto externa.

“Este tem sido um ano difícil, o setor fechará com números negativos depois de ter crescido bem no segundo semestre de 2020 e em 2021, mas os impactos foram muito fortes na questão dos custos”, resumiu Pimentel durante apresentação para os jornalistas.

De acordo com o balanço da Abit, a indústria têxtil e de confecção deverá fechar o ano com uma retração de 7,5% na produção física. Em valores, o faturamento deverá avançar de R$ 190,3 bilhões em 2021 para R$ 193,6 bilhões em 2022, impulsionado pela inflação.

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Além do incremento nos custos, contribuíram para retração da produção, segundo o executivo, as constantes interrupções nas cadeias de suprimento e a necessidade de alinhamento a um novo ritmo de reposição de estoques pelo varejo. 

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“Tudo isso teve um peso muito grande e várias empresas tiveram que reajustar seu nível de produção ao nível da demanda”, disse.

“Por outro lado, seguimos gerando emprego. Pode parecer um contrassenso, mas, em algumas regiões, temos tido muita dificuldade para a contratação de pessoas”, comentou o presidente da associação, acrescentando:

“Somados, os dados de 2021 e 2022 dão um resultado de quase 76 mil vagas criadas. O número representa um saldo positivo de quase 30 mil vagas na comparação com o biênio imediatamente anterior, quando quase 47 mil postos de trabalho foram fechados”. 

Ainda no campo positivo, o varejo deverá ampliar as vendas em 2,2% em 2022. Entretanto, este resultado veio perdendo força ao longo do ano. Segundo Pimentel, dentre os fatores que contribuíram para essa desaceleração, estão: taxa de juros em elevação, endividamento do consumidor, questões eleitorais, Copa do Mundo fora de época e a influência do clima, que não vem sendo favorável para a comercialização das coleções de primavera-verão já nas lojas físicas e virtuais. “A despeito desse cenário, o varejo deverá fechar o ano em campo positivo, em grande medida porque a base de comparação de 2021 foi prejudicada, principalmente no primeiro semestre, pelos novos lockdowns derivados da pandemia de Covid-19”, ressaltou. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que as vendas natalinas atingirão R$ 65 bilhões em 2022. A parcela de vestuário, calçados e acessórios deverá girar em torno dos R$ 22 bilhões.

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Outros destaques do balanço:

  • Crédito direcionado ao setor cresceu 8,9% no acumulado dos últimos 12 meses.
  • Nível de ociosidade manteve-se em 12,4% para têxteis e 14,8% em vestuários e acessórios.
  • Importações deverão crescer 0,5% em 2022. Chama a atenção, entretanto, uma pequena retração, de 0,7%, nas importações dos últimos 12 meses encerrados em novembro.
  • Nas exportações, o acumulado dos últimos 12 meses registra crescimento de 1,8% em volume.
  • Maior taxa real de juros básica do planeta prejudica a indústria, que é intensiva em capital. Com taxas de juros muito elevadas, novos investimentos são prejudicados em detrimento de aplicações de menor risco.
  • Taxa de câmbio a R$ 5,30 torna produtos têxteis mais competitivos internacionalmente. Mas câmbio somente não basta para exportar, é preciso ter acordos, mindset internacional e trabalho intenso de redução do Custo Brasil, o qual sobrecarrega a atividade econômica interna anualmente em R$1,5 trilhão quando comparado com a média dos países da OCDE.
  • Retomada da indústria é fundamental para o país voltar a crescer. Dentro deste quadro, a Abit, juntamente com Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federações e Associações, trabalhou e trabalha em propostas concretas para a retomada do setor.
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