- Valor corresponde a R$ 0,0904 por ação e será pago em 12 de junho
- Proventos são tributados na fonte, mas permitem economia de impostos ao banco
- Apenas quem tiver ações até essa data terá direito ao pagamento
O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou nesta semana a aprovação da distribuição antecipada de R$ 516,3 milhões aos seus acionistas, sob a forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), referentes ao segundo trimestre de 2025.
A empresa pagará o valor de R$ 0,09044686629 por ação ordinária em 12 de junho de 2025, conforme a posição acionária registrada em 2 de junho. O mercado negociará as ações “ex-direitos” a partir de 3 de junho.
Esse tipo de remuneração representa uma forma eficiente e estratégica de repassar lucros aos investidores, com benefício fiscal para a companhia.
Ao contrário dos dividendos, que incidem diretamente sobre o lucro líquido distribuído, os Juros sobre o Capital Próprio são contabilizados como despesa financeira para fins fiscais. Dessa forma, o que permite à empresa reduzir sua base tributária e, consequentemente, pagar menos imposto de renda sobre o lucro.
Na prática, os acionistas recebem uma quantia que, embora tributada em 15% na fonte, mantém um retorno atrativo e previsível. A antecipação do JCP neste trimestre sinaliza a saúde financeira do Banco do Brasil, bem como sua capacidade de gerar resultados consistentes mesmo em um cenário econômico desafiador.
Distribuição de proventos
A distribuição de proventos via JCP reforça a estratégia do banco de manter uma política sólida de remuneração aos acionistas. No entanto, o que contribui para a valorização de suas ações e o aumento da confiança do mercado. Em um momento em que grandes bancos disputam espaço com fintechs e enfrentam margens pressionadas, o BB demonstra força e estabilidade.
Historicamente, o Banco do Brasil adota uma política de proventos equilibrada entre dividendos e JCP, de modo a proporcionar retorno recorrente a seus investidores. Ao mesmo tempo em que preserva capital para investimentos e crescimento da instituição.
O anúncio atual segue esse padrão, mas se destaca pela antecipação. No entanto, uma prática cada vez mais valorizada por acionistas que buscam previsibilidade de fluxo de caixa.
O mercado deve reagir positivamente à notícia, sobretudo entre investidores de perfil mais conservador, que priorizam rendimentos periódicos e estabilidade. Além disso, a prática de remuneração via JCP é bem recebida por fundos de dividendos e carteiras de longo prazo. Assim, o que pode atrair ainda mais capital ao papel.
Com essa decisão, o Banco do Brasil reafirma seu protagonismo entre as instituições financeiras do país e reforça seu compromisso com o acionista. Dessa forma, sem abrir mão da prudência fiscal e da governança corporativa.