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O follow-on “mais inútil” de todos? Entenda a queda do Inter

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A recente oferta de ações do Banco Inter (INBR32), visando captar US$ 184 milhões, tem gerado debates e questionamentos no mercado financeiro, especialmente entre analistas e investidores. A XP Investimentos, uma das principais corretoras do país, expressou preocupações quanto à falta de clareza nos objetivos da operação.

Segundo a XP, o Banco Inter indicou que os recursos líquidos da oferta seriam destinados a “fins corporativos gerais”, uma descrição que a corretora considera vaga e insuficiente. Essa ambiguidade na utilização dos recursos levanta dúvidas sobre a necessidade e a lógica por trás da oferta primária, especialmente considerando o recente crescimento do retorno sobre o capital (ROE) do banco e sua sólida posição de capital.

A XP Investimentos também questionou a razão para a diluição das ações a esses níveis de preço, sugerindo que aumentar a liquidez pode não ser o único objetivo. Apesar dessas preocupações, a corretora manteve sua classificação de compra para as ações do Inter, com um preço-alvo de R$ 34 por ação, respaldada pelos números preliminares positivos do quarto trimestre.

Por outro lado, a Genial Investimentos adotou uma perspectiva mais otimista, considerando que, apesar de a notícia poder impactar negativamente o desempenho das ações no curto prazo devido à oferta e demanda, o banco está passando por um forte processo de melhoria de rentabilidade, conforme indicado pelo novo guidance. A Genial ressaltou que, embora não visse a necessidade imediata de uma oferta devido à folga relevante de capital do Inter, evidenciada por uma sólida taxa de Basileia de 23,7%, a oferta elevaria essa taxa para até 27,4%, incluindo ações adicionais.

A Ágora Investimentos, outra voz influente no mercado, também se manifestou, observando que o anúncio pode afetar o desempenho das ações, dado que a oferta representa quase 20% do free float do banco.

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Essas diferentes perspectivas refletem a complexidade e a variedade de fatores que os investidores devem considerar ao avaliar a oferta de ações do Banco Inter. Enquanto alguns veem a oferta como uma estratégia de fortalecimento de capital e melhoria de rentabilidade, outros questionam a real necessidade e o impacto potencial sobre o valor das ações existentes.

Em um cenário de mercado financeiro cada vez mais dinâmico, o desenvolvimento dessa oferta e as reações subsequentes dos investidores e analistas serão cruciais para entender as tendências futuras do Banco Inter e seu posicionamento no setor bancário brasileiro.

Inter anuncia follow on

 Inter&Co, Inc, uma das companhias de maior destaque no mercado financeiro, marcou sua presença mais uma vez ao anunciar o início de uma oferta pública subsequente de até 32.000.000 de suas ações ordinárias Classe A, popularmente conhecido como Follow-On. Este movimento estratégico, anunciado na data deste documento, segue as diretrizes da Resolução nº 44, de 23 de agosto de 2021, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A oferta, que já está gerando expectativas no mercado, foi registrada efetivamente na Securities and Exchange Commission (SEC), o órgão regulador do mercado de valores mobiliários dos Estados Unidos.

O que é um follow-on?

“Follow-on”, no contexto do mercado financeiro, é uma oferta subsequente de ações realizada por uma empresa que já possui ações negociadas no mercado. Essa oferta pode ser de dois tipos: primária ou secundária.

  1. Oferta Primária: A empresa emite novas ações, aumentando o número de ações em circulação. O capital levantado com essa emissão vai diretamente para a empresa, geralmente para financiar expansão, pagar dívidas, ou para outros propósitos corporativos.
  2. Oferta Secundária: Ações já existentes são vendidas por acionistas atuais, como fundadores, investidores de capital de risco, ou outros acionistas internos. Nesse caso, o dinheiro arrecadado vai para os acionistas que estão vendendo suas ações, e não para a empresa.
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Um follow-on é comumente usado pelas empresas como uma maneira de captar recursos adicionais após a oferta pública inicial (IPO). Pode ser uma estratégia eficaz para empresas que precisam de capital para crescer ou para aquelas que desejam permitir que investidores iniciais monetizem parte de seu investimento. Porém, também pode diluir o valor das ações existentes, já que o número total de ações em circulação aumenta.

A oferta do Inter

Com a iniciativa, a Inter&Co demonstra seu comprometimento em expandir sua influência e fortalecer sua posição no mercado global. A oferta não apenas representa uma oportunidade significativa para novos investidores entrarem na composição acionária da empresa, mas também reflete a confiança da Inter&Co em seu próprio potencial de crescimento e desenvolvimento. Além disso, os acionistas atuais da Inter&Co devem observar que, nesta oferta, não possuem qualquer direito de preferência ou prioridade para subscrever as ações.

Um detalhe importante dessa oferta é a opção concedida pela Inter&Co aos Coordenadores Globais da Oferta, que inclui a possibilidade de alocar até 4.800.000 ações ordinárias Classe A adicionais. Essa flexibilidade permite um ajuste na oferta de acordo com a demanda do mercado, um elemento crucial para o sucesso da operação em um ambiente econômico que continua desafiador.

O objetivo declarado da Inter&Co com a captação de recursos por meio desta oferta é destiná-los para fins corporativos gerais. Isso pode incluir desde expansão de operações, investimentos em novas tecnologias, até o reforço de seu capital de giro. Em um mercado cada vez mais competitivo, esses investimentos são essenciais para manter a empresa na vanguarda de seu setor.

Segundo fato relevante, Coordenadores Globais da Oferta, Goldman Sachs & Co. LLC e BofA Securities, Inc., trazem sua expertise e reputação para a condução deste processo. Sua participação é um indicativo da seriedade e do potencial da oferta, além de garantir uma ampla visibilidade no mercado financeiro internacional.

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Entretanto, é importante destacar que a oferta está sujeita a condições de mercado e outras variáveis, e não há garantias concretas sobre sua conclusão, seu tamanho final ou os termos específicos. Este fator de incerteza é comum em ofertas públicas, especialmente em um cenário econômico global onde a volatilidade tem sido uma constante.

A decisão da Inter&Co de lançar esta oferta pública de ações é um movimento estratégico que reflete a confiança da empresa em seu modelo de negócios e sua visão de futuro. Ao mesmo tempo, apresenta uma oportunidade atraente para investidores que buscam diversificar suas carteiras com ações de uma empresa com presença consolidada e planos de expansão.

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