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- Investigação da PF: A Polícia Federal investiga pagamentos milionários da JBS ao advogado Rodrigo Gonçalves Pimentel, filho do desembargador Sideni Pimentel.
- Valor dos Pagamentos: Rodrigo recebeu R$ 21 milhões da JBS entre 2022 e 2023.
- Suspeita de Corrupção: Há suspeitas de que esses pagamentos estejam relacionados a um esquema de venda de sentenças no Mato Grosso do Sul.
- Nota da JBS: A JBS negou qualquer envolvimento em atos de corrupção, afirmando que os pagamentos eram honorários por serviços advocatícios.
- Conexões Criminosas: Rodrigo também recebeu R$ 275 mil da advogada Emmanuelle Silva, presa por estelionato.
- Magistrados Envolvidos: Juízes Paulo Afonso de Oliveira e Júlio Roberto Siqueira Cardoso são suspeitos de envolvimento no esquema.
- Descobertas na Operação: Na casa do juiz aposentado Júlio Cardoso, foram encontrados R$ 2,7 milhões em dinheiro vivo.
- Outros Advogados: Desde 2020, a J&F tem Mirian Ribeiro Gonçalves como advogada, ela é esposa de um lobista investigado.
- Envios de Dinheiro: Emmanuelle transferiu milhões para contas controladas por ela, seu marido juiz e outros advogados ligados ao esquema.
- Envolvimento de Políticos: Ex-ministros do STF, como Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, têm conexões com os irmãos Batista.
- Reuniões Recentes: Joesley Batista se reuniu com Celso Amorim, assessor de Lula, em encontros recentes.
- Relator do Caso no STF: Cristiano Zanin, advogado de Lula, é o relator no STF do caso de venda de sentenças.
Uma investigação da Polícia Federal revelou que a JBS, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, realizou “pagamentos milionários” ao advogado Rodrigo Gonçalves Pimentel, filho do desembargador Sideni Pimentel, suspeito de envolvimento em esquema de venda de sentenças no Mato Grosso do Sul.
De acordo com a revista Piauí, os investigadores descobriram que Rodrigo recebeu R$21 milhões da JBS em um intervalo de nove meses, entre 2022 e 2023. A holding dos irmãos Batista, além de administrar três frigoríficos, disputa com a Paper Excellence o controle da Eldorado Celulose, sediada em Três Lagoas (MS), o que indica a importância de seus negócios no estado.
“Considerando que: 1) a JBS já esteve envolvida em esquema de corrupção conhecido nacionalmente, inclusive com pagamentos para autoridades de Mato Grosso do Sul, 2) os altos valores das citadas transferências para o escritório de Rodrigo Pimentel em curto período e 3) as suspeitas de envolvimento dele em esquema criminoso, o prosseguimento das investigações poderá esclarecer se há algum crime relacionado a tais pagamentos milionários“.
escreveu o delegado da PF Marcos André Araújo Damato, de Campo Grande, em relatório obtido pela revista.
A assessoria da JBS negou qualquer relação entre o dinheiro e atos de corrupção. “O escritório Pimentel & Mochi Advogados Associados já atuou em diversas ações da empresa relacionadas a inúmeros temas e recebeu honorários por isso, como qualquer outro escritório que atue em defesa da JBS”, afirmou a nota oficial.
Além disso, foi revelado que uma empresa de Rodrigo Gonçalves Pimentel recebeu R$ 275 mil da advogada Emmanuelle Silva, presa em julho de 2018 por estelionato contra o engenheiro aposentado Salvador José Monteiro de Barros, de Petrópolis, Rio de Janeiro. A transferência ocorreu logo após Emanuelle receber R$ 5,5 milhões resultantes de um golpe, conforme investigação da Polícia Civil e do Ministério Público do MS.
O juiz Paulo Afonso de Oliveira e o desembargador Júlio Roberto Siqueira Cardoso também são suspeitos de envolvimento no esquema, tendo ignorado indícios de fraude apontados pela defesa de Salvador. Cardoso determinou que Salvador pagasse R$ 5,5 milhões a João Nascimento dos Santos, representado por Emanuelle, alegando compra de uma fazenda em Tangará da Serra (MT) que nunca existiu.
“As atuações de tais magistrados [Paulo Oliveira e Júlio Cardoso] nos citados processos são, a nosso ver, tão absurdas que dificilmente se trataram de erros, mas sim de atuações conscientes de que estavam participando de um estelionato de mais de 5 milhões de reais”, concluiu o delegado.
Emanuelle, que negou envolvimento em suborno, transferiu R$ 1,5 milhão para uma conta em nome de João Santos, controlada por ela; R$ 1,1 milhão para seu marido, o juiz Aldo Ferreira, amigo de Paulo Oliveira; e R$ 105 mil para o advogado Fábio Castro Leandro, filho do desembargador Paschoal Carmello Leandro.
Na residência de Júlio Cardoso, aposentado, foram encontrados R$ 2,7 milhões em dinheiro vivo durante a operação Ultima Ratio em 24 de outubro.
Advogados dos Batista
Desde 2020, a J&F, controladora da JBS, e outras empresas do grupo têm Mirian Ribeiro Gonçalves como advogada em processos no Superior Tribunal de Justiça e outros tribunais. Mirian é esposa do lobista Andreson, investigado por venda de sentenças.
Ricardo Lewandowski, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e atual ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, foi parecerista dos irmãos Batista após sua aposentadoria do STF, onde proferiu uma decisão favorável a eles. Outro nome de destaque é Roberta Rangel, esposa do ministro do STF Dias Toffoli, que anulou multas bilionárias da J&F em acordo de leniência. Os Batista também patrocinam eventos de lobby com presença de ministros do STF fora do Brasil, sendo o mais recente em Roma.
Nesta sexta-feira, 8 de novembro de 2024, o site O Fator, parceiro de O Antagonista, relatou reuniões de Joesley Batista com Celso Amorim, assessor internacional de Lula, desde o início do governo até esta semana. Cristiano Zanin, advogado de Lula na Lava Jato, é o relator no STF do caso de venda de sentenças.
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