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Investimento em títulos públicos é popular entre os investidores, veja o comparativo com outras opções.
Em 2022, os brasileiros demonstraram mais interesse em conhecer produtos financeiros e maior disposição para investir e economizar. É o que indica uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Foi constatado que aproximadamente 60 milhões de pessoas começaram a investir seu dinheiro em produtos financeiros, além disso, houve um movimento de diversificação da carteira de investimentos.
Entre os principais tipos de investimentos, os títulos públicos destacam-se como uma opção popular, principalmente para os iniciantes. Porém, muitos ainda se perguntam: o que é Tesouro Direto? Como começar a investir nesse programa? E quais os benefícios atribuídos a ele?
O Tesouro Direto é um programa da Secretaria do Tesouro Nacional do Brasil em parceria com a Bolsa de Valores Brasileira (B3). Ele foi criado em 7 de janeiro de 2002 e tem como objetivo democratizar a compra e venda de títulos públicos federais para pessoas físicas através da internet. Esses títulos são como um “empréstimo” feito pelo investidor ao governo e podem ser usados para financiar projetos públicos em saúde, educação, infraestrutura ou outra área.
Para os investidores, o lucro vem por meio da taxa de empréstimo, que pode variar a depender do tipo de título e do prazo da dívida. O Tesouro Direto é uma aplicação de renda fixa, isso significa que seu lucro é determinado por uma taxa predefinida ou flutua com base em um índice previamente estabelecido no momento da aquisição do título.
Existem algumas modalidades, como o Tesouro Selic, no qual o rendimento
está vinculado à taxa básica de juros. Outra categoria é o Tesouro IPCA+, nesse caso o rendimento é composto por uma taxa fixa mais a variação do índice oficial de inflação do país ou Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Há ainda o Tesouro Prefixado, em que a taxa de retorno é estabelecida no momento da compra.
Tesouro Direto x ações
As ações são títulos representativos de propriedade de uma empresa considerados um investimento muito popular quando se pensa em renda variável. Quando alguém compra ações de uma companhia, torna-se um acionista e passa a ter direitos proporcionais nos lucros e ativos. Outra forma de lucrar pode ser na compra e revenda de ações, prática comum, mas que requer conhecimento do mercado e do funcionamento da B3.
O valor de uma ação pode variar significativamente de acordo com a performance da empresa e as condições do mercado. Em comparação com o Tesouro Direto, as ações são uma opção com maior grau de risco e volatilidade envolvidos. A escolha entre eles depende dos objetivos do investidor e muitas vezes uma estratégia de investimento diversificada é recomendada pelas corretoras.
Tesouro Direto X fundos de investimento
Fundos de investimento são uma categoria muito abrangente que contempla uma variedade de ativos, como ações, títulos, imóveis, entre outros. Ainda de acordo com a Anbima, os fundos somam patrimônio de quase R$ 5,2 trilhões no Brasil.
Na prática, esses fundos são uma aplicação coletiva em que diversos investidores reúnem o dinheiro a ser aplicado no mercado financeiro. O lucro é pago levando em consideração a proporção do valor investido por cada um.
Enquanto o Tesouro Direto envolve a compra direta de títulos do governo, os fundos de investimento oferecem opções mais diversificadas. No entanto, esses fundos podem ter taxas de administração e afetar os retornos líquidos, enquanto o Tesouro Direto geralmente possui custos mais baixos.
Tesouro Direto x poupança
A pesquisa da Anbima conclui que a caderneta de poupança foi o produto financeiro mais utilizado pelos brasileiros em 2022. É uma das formas mais tradicionais e populares de investimento no Brasil, que consiste na compra de depósito em instituições financeiras, como bancos. O que mais difere a poupança de outros tipos de investimentos é a liquidez e a segurança, uma vez que os depósitos são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até determinado limite.
Sua rentabilidade está ligada à taxa básica de juros e tende a ser mais baixa em face de outras opções. Em comparação com o Tesouro Direto, é possível levar em conta os rendimentos que podem ser vinculados a diferentes indicadores, como o IPCA e taxas pré-fixadas.
Tesouro Direto x fundos imobiliários
Os fundos imobiliários ou FIIs, como ficaram mais conhecidos, permitem o investimento em empreendimentos imobiliários, como shoppings, escritórios, hotéis e outros. Neles, o investidor torna-se co-proprietário e passa a compartilhar os rendimentos gerados pela locação ou valorização dos imóveis.
Os FIIs têm a possibilidade de distribuir rendimentos periódicos, geralmente mensais, tornando-os uma opção atrativa para quem busca uma fonte de renda passiva. Enquanto isso, o Tesouro Direto é conhecido por sua segurança e flexibilidade.
Tesouro Direto x CDB
CDB é a sigla para certificados de depósito bancário. Eles são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras, com o objetivo de captar recursos para suas atividades. Ao adquirir um CDB, o investidor está emprestando seu dinheiro ao banco em troca de um pagamento de juros ao longo de um período.
Essas aplicações podem ter diferentes prazos de vencimento, que variam desde meses até anos. Enquanto isso, suas taxas de juros podem ser pré-fixadas, pós-fixadas ou atreladas a algum índice, como o CDI (certificado de depósito interbancário).
Os CDBs podem ter riscos associados à saúde financeira do banco emissor, em contrapartida, eles oferecem uma taxa de juros atrativa. O Tesouro Direto, por outro lado, é considerado de baixo risco por ser associado ao governo, mas, ainda assim, pode enfrentar instabilidades ocasionadas por crises.
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