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Payroll: analistas repercutem dados de criação de empregos nos EUA

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Nesta sexta (2), os EUA divulgaram os dados do Payroll, que trouxe a criação de 315 mil vagas de empregos no mês de agosto. O mercado, segundo a Refinitiv, previa a criação de 300 mil vagas. Enquanto isso, a taxa de desemprego cresceu para 3,7%. A previsão do mercado apontava para um crescimento de 3,5%. O número de criação de postos de trabalho veio bem abaixo em relação ao julho, em que 528 mil vagas foram criadas.

Para Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, o que mais chamou a atenção entre os dados divulgados foi a taxa de desemprego, que veio acima do esperado, e o salário médio por hora que veio abaixo do esperado: “Ou seja, mais desemprego e pessoas ganhando menos“.

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Segundo o analista, os dados foram positivos e apontam para uma desaceleração do mercado de trabalho e controle maior da inflação. 

“Powell já falou que, mesmo com a inflação se estabilizando no curto prazo, a política de juros é hawkish ainda e altista. Mas eles não estão acostumados com taxas de juros altas e ainda temos tempo até a próxima reunião do FED. Com outros dados saindo apontando para uma inflação mais controlada, podemos ver os juros não continuarem subindo tanto“, diz.

De acordo com Fabio Fares, especialista em análise macro da Quantzed, casa de análise e empresa de tecnologia e educação financeira para investidores, o desemprego subiu 0,2%, o que mostra que, apesar do mercado de trabalho apertado, há sinais de que a inflação está arrefecendo um pouco, o que ajuda o FED.

Isso trouxe um ânimo para o mercado, que vai virar os olhos para o dia 13, em que temos os dados do CPI, o número de inflação. Esse número sim vai mostrar o que vai acontecer com a taxa de juros americana. Por esse payroll e por tudo que está acontecendo no mundo, eu acredito que se o CPI vier em linha ou até um pouco abaixo, o FED pode ter total tranquilidade para, na reunião de setembro, surpreender o mercado e subir o juros só em 50 pontos e não em 75 pontos. Com isso, pode ganhar tempo e manter esse ritmo de 50 pontos de alta até o fim do ano levando a taxa para 4%”, comenta.

Para Fares, por mais que o FED tenha que ser diligente, os membros não têm a intenção real em subir o juros em 0,75%: 

“Querem arrumar uma desculpa e um motivo para diminuir o ritmo de alta de juros e ir subindo 0,5% até o fim do ano. Se o CPI no dia 13 confirmar isso, o FED vai mudar tudo e vai dar 0,5% na próxima reunião“. 

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