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Inflação nos EUA supera projeções e pode afetar mercados

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O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos apresentou um aumento de 0,3% em janeiro, após um avanço de 0,2% no mês anterior, conforme dados divulgados pelo Departamento do Trabalho. Embora esse aumento seja modesto, ele destaca a resiliência da economia americana, ao mesmo tempo em que levanta preocupações sobre possíveis pressões inflacionárias.

O núcleo do CPI, que exclui preços voláteis como alimentos e energia, registrou um aumento ainda mais significativo de 0,4% no mês. Esta medida é de particular interesse para o Federal Reserve, banco central americano, pois fornece uma visão mais precisa da inflação subjacente na economia.

Nos últimos 12 meses, o núcleo do CPI subiu 3,9%, enquanto o índice geral avançou 3,1%, sugerindo uma tendência contínua de alta nos preços. Estes números superaram as estimativas da Bloomberg Economics, que previam aumentos menores tanto no CPI quanto no núcleo do CPI.

Perspectivas econômicas: tendências da política monetária em debate

Embora os custos de energia tenham registrado uma leve desinflação devido a preços mais baixos da gasolina, os custos de serviços e alimentos permaneceram firmes. Destaca-se que o setor de habitação contribuiu significativamente para o aumento do índice, representando dois terços do aumento.

A divulgação destes dados teve um impacto imediato nos mercados financeiros, com os índices futuros de ações dos EUA ampliando as perdas após os números acima do esperado. O S&P 500 Futuro caiu 1,15%, enquanto o Nasdaq 100 Futuro registrou uma queda de 1,53%.

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As recentes pressões inflacionárias, combinadas com indicadores sólidos do mercado de trabalho, levantaram questões sobre a política monetária do Federal Reserve. Embora as expectativas de cortes de juros tenham sido reduzidas, funcionários do Fed alertaram sobre a possibilidade de aumento das taxas de juros devido à persistência da inflação.

Dados do mercado de trabalho e suas implicações

O presidente do Federal Reserve Bank de Richmond, Thomas Barkin, e estrategistas do Citigroup (C) destacaram que as empresas americanas podem continuar a alimentar a inflação, o que pode levar a um aumento nas taxas de juros para conter a pressão inflacionária.

Com os EUA criando 353.000 vagas de emprego em janeiro, superando as expectativas do mercado, a taxa de desemprego se mantendo em 3,7%, e os custos de serviços e alimentos permanecendo altos, a economia americana enfrenta desafios significativos em relação à inflação e às perspectivas de política monetária.

Dólar cai após revisão do CPI nos EUA e acordo entre Lula e Lira

Após atingir R$ 5, o dólar apresentou queda em relação ao real. Nos EUA, a revisão do CPI não surpreendeu, mantendo expectativas sobre o Fed. No Brasil, o entendimento entre Lula e Lira, com Rui Costa como interlocutor, acalmou o mercado. Operadores observaram venda antecipada de dólar devido à captação da CSN.

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O mercado financeiro passou por uma reviravolta, conforme o dólar, que havia testado a marca dos R$ 5,00, reverteu seu curso, fechando em baixa em relação ao real.

Esse movimento veio na esteira da revisão do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos Estados Unidos, que não trouxe surpresas significativas, mantendo as expectativas em torno do Federal Reserve (Fed) e seu possível ciclo de corte de juros a partir de maio ou junho.

No cenário doméstico, o mercado reagiu positivamente à notícia de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, resolveram suas diferenças, estabelecendo Rui Costa como interlocutor entre o Planalto e a Câmara, o que acalmou investidores.

Operadores também observaram uma movimentação incomum no mercado à vista, com antecipação de vendas de dólar, atribuída à expectativa de liquidação da captação de US$ 700 milhões da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no início da próxima semana.

O dólar à vista fechou em queda de 0,67%, cotado a R$ 4,9613, com oscilações entre R$ 4,9513 e R$ 4,9896 ao longo do dia, enquanto a semana terminou com uma redução de 0,14% no valor da moeda.

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No mercado internacional, o índice DXY recuou 0,06%, registrando 104,101 pontos, enquanto o euro teve uma leve alta de 0,03%, atingindo US$ 1,0780, e a libra ganhou 0,07%, alcançando US$ 1,2626. O acordo político interno e os dados econômicos externos foram determinantes para o desempenho do mercado financeiro neste dia.


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