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Chegou mais um relatório do mercado de criptomoedas para você. A semana foi agitada aqui no Brasil com as plataformas de negociação de criptomoedas da BTG Pactual e XP adicionando novos ativos em seus respectivos portfólios.
Além disso, essa semana também saiu o relatório da CoinJournal, que apontou o Brasil como 6º país com maior número de proprietários de criptomoedas do mundo, o segundo no continente americano, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Surpreendentemente, quando analisando dados como ganhos com criptomoedas, numero de empresas que atuam no setor de criptoativos e o total de holders de criptomoedas, o Brasil ganhou uma pontuação de 9.52, colocando a nação entre os países em que os criptoativos fazem mais sucesso.
Veja essas notícias e mais em nosso relatório semanal.
Índice de conteúdo
Brasil
Binance lança cartão de criptomoedas no Brasil
A Binance, uma das maiores exchanges de criptomoedas mundo, anunciou na segunda-feira (30) o lançamento de seu cartão pré-pago de criptomoedas no Brasil. Com a solução, os usuários poderão fazer pagamentos com criptomoedas em quaisquer dos 90 milhões de estabelecimentos que aceitam Mastercard no mundo.
O lançamento do cartão de criptomoedas marca a forte presença da Binance no mercado brasileiro.
“O Brasil é um mercado extremamente relevante para a Binance e continuaremos a investir em novos serviços para os usuários locais, assim como contribuir para o desenvolvimento da blockchain e do ecossistema cripto no país”, afirmou Guilherme Nazar, diretor-geral da Binance para o Brasil.
Vale a pena ressaltar que o Binance Card cobrará uma taxa de 0,9% por pagamento com criptomoeda e oferece até 8% em cashback na forma de criptomoedas, além de permitir saques sem taxas em caixas eletrônicos.
Foxbit lança ferramenta para transferência de criptomoedas e pagamento em real
Falando de lançamentos importantes, a Foxbit, uma das principais concorrentes da Binance no Brasil, também anunciou a disponibilização de uma nova ferramenta para seus usuários, o Foxbit Pay.
Com o serviço, os usuários da corretora poderão realizar transferências de criptomoedas e ainda realizar conversão automática para real. Antes, a ferramenta só estava disponível para pessoas jurídicas, mas agora estará disponível para todos os usuários da exchange.
Além disso, os vendedores, incluindo comerciantes informais, poderão gerar um link para seus clientes e escolher receber pagamentos em real ou em criptomoedas, sem precisar se preocupar com taxas de transação.
XP adiciona mais 3 criptomoedas em seu catálogo
A plataforma de negociações de criptomoedas da XP Inc, a XTAGE, anunciou o início da negociação de mais três criptomoedas em sua plataforma.
As novas criptomoedas disponíveis para negociação são: Cardano (ADA), Litecoin (LTC) e Solana (SOL), das quais vinham sendo pedidas pelos traders.
Além das novas criptomoedas, a XTAGE já negociava Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Chainlink (LINK) e Polygon (Matic). Assim, os clientes da plataforma agora conseguem negociar sete criptomoedas diretamente da plataforma.
Mynt, da BTG Pactual, também amplia portfólio com quatro novas criptos
A Mynt, plataforma de criptomoedas do banco BTG Pactual, também adicionou novas criptomoedas em sua plataforma.
A partir de agora, os usuários poderão negociar quatro novos ativos digitais: Aave (AAVE), Uniswap (UNI), Lido (LDO) e Curve (CRV).
Com isso, a Mynt passa a contar com um portfólio ainda mais diversificado, que inclui também outros 10 criptoativos, como Bitcoin (BTC), Ether (ETH) e Polkadot (DOT).
BTG Pactual lança ferramenta que calcula impostos sobre criptomoedas
Além de adicionar as novas criptomoedas em seu portfólio, o BTG Pactual também liberou uma nova ferramente que promete ajudar os seus clientes a calcular impostos com criptomoedas.
Para isso, o banco realizou uma parceria com a empresa Velotax, que oferece uma ferramenta que permite cálculos do Imposto de Renda (IR) sobre todos os investimentos realizados em criptomoedas.
Dessa maneira, além de calcular os impostos, todos os clientes da corretora do BTG contarão com acesso à plataforma para geração de DARFs. Assim, poderão pagar os impostos devidos sobre ganhos de capital de acordo com as regras estabelecidas pela Receita Federal no Brasil.
Brasil tem o 6º maior número de proprietários de criptomoedas
O empenho das plataformas em oferecer mais opções de criptomoedas não é atoa, um novo estudo global realizado pelo CoinJournal revelou que o Brasil tem o 6º maior número de proprietários de criptomoedas.
Ao que parece, calcula-se que aproximadamente 7% da população brasileira tem algum tipo de criptoativo.
Não é de se surpreender que tantas empresas buscam trabalhar com esses ativos aqui no Brasil. Surpreendentemente, quando analisando dados como ganhos com criptomoedas, numero de empresas que atuam no setor de criptoativos e o total de holders de criptomoedas, o Brasil ganhou uma pontuação de 9.52, colocando a nação entre os países em que os criptoativos fazem mais sucesso.
Quando focamos apenas na América Latina, o Brasil lidera com folga o setor e quando ampliamos para todo o continente americano, perde apenas para os EUA, que lideram o ranking do CoinJournal.
Os EUA também têm o maior número de empresas de criptomoedas com mais de 4.600. Mas uma surpresa, é que a pequena ilha de Singapura vem em segundo lugar com 643. Já a Estônia tem o terceiro maior número de startups cripto do mundo, atrás dos EUA e Reino Unido, com 406.
MetaMask lança curso de Web3 gratuito para brasileiros
Falando de inovação e interesse do público brasileiro nas criptomoedas, a MetaMask, uma das principais carteiras de criptomoeda do mundo, lançou um curso sobre a Web3 para brasileiros.
O curso, que é grátis, já está disponível para quem queira começar a aprender sobre o que é a novidade da internet.
Chamado de “MetaMask Learn”, o curso se apresenta como um novo programa de capacitação no setor. Inicialmente, o curso explica aos alunos os principais conceitos da Web3, apresentando as tecnologias. Além disso, ele apresenta tópicos como “O que é uma Carteira Cripto”, “A Era da Identidade Digital”, “O que é uma Carteira de Autocustódia”, “NFTs e Criadores” e “Finanças Descentralizadas”.
O objetivo da empresa com o curso gratuito é aumentar a confiança dos investidores. Para a carteira, após os colapsos de 2022, a educação deve aumentar a confiança sobre o mercado, principalmente daqueles envolvidos com a Web3.
Criptomoedas
Início do ano foi o melhor janeiro visto pelo Bitcoin desde 2013
Falando um pouco sobre criptomoedas, a principal criptomoeda do mundo, Bitcoin, caminhou para o seu melhor janeiro desde 2013.
O preço do Bitcoin em valor de mercado aumentou 40% desde o início do ano, um ganho superado apenas duas vezes antes.
O valor de um Bitcoin no dia 31, era de aproximadamente US$ 23.150. O retorno do preço a valores mais alto faz parte de uma recuperação mais ampla do apetite por risco.
Mas ainda não se pode relaxar, o mercado de criptomoedas é conhecido mundialmente por ser um mercado de alto risco e muito volátil, até onde se sabe, o Bitcoin pode voltar a cair a qualquer momento, então seja cauteloso e não arrisque tudo na alta das criptomoedas.
Bitcoin pode ser o melhor investimentos para 2023
Mas para o famoso banco de investimento, Goldman Sachs, o Bitcoin pode ser o melhor ativo para 2023.
No relatório emitido pelo Banco, o retorno estimado ficou em 27%, abrindo uma vantagem de 19% para o segundo colocado que seria o investimento em mercados emergentes, com 8%.
Contudo, como citado anteriormente, quando o assunto é risco, o Bitcoin também se destaca. Segundo o Goldman Sachs, o Bitcoin apresentou um risco/retorno de 3,1.
Para comparação, o ouro aparece com um retorno ajustado ao risco de 2. Já os títulos do Tesouro americano, que possuem baixo risco, aparecem com um risco de 1,8.
Mineradores de Bitcoin Lucram 50% a mais com Aumento de Receita
Por fim, se você quer investir no mercado de mineração de criptomoedas, a hora pode ser agora.
De acordo com dados apresentados pelo site Blockchain.com, a receita obtida pela mineração de criptomoedas atingiu a marca de US$ 24 milhões em janeiro, representando um crescimento de aproximadamente 50% em comparação ao início do ano.
O aumento na receita é atribuído à valorização do preço do Bitcoin, que já se valorizou cerca de 40% somente em janeiro.
Apesar do crescimento, a receita da mineração ainda se encontra em queda na comparação com janeiro de 2022, quando os mineradores obtiveram mais de 30% de suas receitas.
No entanto, a valorização do preço do Bitcoin e o crescimento na receita da mineração oferecem alívio para os mineradores que vinham enfrentando problemas de receita.
Mercado
Twitter lança sistema de pagamentos, e Dogecoin é a primeira a celebrar
A notícia de que o Twitter está desenhando um sistema de pagamentos fez com que o Dogecoin (DOGE) atingisse seu pico máximo em 24 horas.
De acordo com o Financial Times, o bilionário Elon Musk quer “acima de tudo” que o sistema seja para moedas fiat, mas também quer a capacidade de adicionar criptomoedas mais tarde.
Ao longo dos anos, Musk tem professado seu amor pela meme coin Dogecoin, e a comunidade de Dogecoin já está animada com a possibilidade de ver a sua criptomoeda favorita ser adicionada ao novo sistema de pagamentos do Twitter.
A chance da criptomoeda entrar no Twitter no futuro, foi suficiente para fazer o preço alavancar em apenas um dia. Depois disso, o preço se oscilou e atualmente está voltando a sua máxima da semana de $0,097.
Amazon planeja lançar plataforma NFT e de jogos baseados em blockchain
Falando de iniciativas inusitadas, ao que parece, a Amazon está se preparando para entrar no mercado cripto com um plano ambicioso: lançar uma plataforma NFT e uma empresa de jogos baseados em blockchain.
De acordo com fontes, a empresa teria parcerias com cerca de uma dúzia de empresas cripto-nativas para dar impulso ao projeto. Além disso, a Amazon estaria estudando o lançamento de um sistema de negociação de NFTs e ativos digitais.
Executivos da Amazon teriam mantido contato com pelo menos um dos grandes apoiadores da iniciativa nos últimos meses.
A plataforma, no entanto, ainda não foi revelada em detalhes, mas fontes afirmam que ela funcionaria sem a própria Amazon, e que a empresa já teria explorado outras iniciativas Web3 recentemente.
Empresas cripto chegam perto das 3000 demissões só em janeiro de 2023
Falando de empresas, nem tudo é flores no mercado, já que começo de 2023 quase bateu a marca de 3000 funcionários demitidos de empresas de criptomoedas.
Devido à grande oscilação e baixa do mercado de cripto ativos, muitas empresas tiveram que reduzir suas equipes para continuar ativas no mercado. Com a demissão de 2.900 funcionários de 14 empresas, até o fechamento do mês de janeiro, 2023 já está se tornando mais um ano em que o mercado cripto luta para se manter saudável.
Algumas empresas que entram nesse grupo são a Prime Trust, que supostamente reduziu seu quadro de funcionários em um terço, com uma redução equivaleria ao corte de cerca de 100 funcionários, a Matrixport, com 30 funcionários demitidos e a Gemini com outros 100 funcionários perdendo o emprego.
Contudo, quem mais desligou funcionários foi a exchange Coinbase, com a marca de 950 funcionários demitidos.
O corte dessas empresas pode ser considerado uma medida drástica tomada para que às atividades das mesmas não sejam afetadas e mesmo com um desempenho excelente do Bitcoin nos últimos 30 dias, às medidas podem ser tomadas por cautela por parte de seus CEOs e demais executivos.
Investimentos em empresas do mercado de criptomoedas sofre no início do ano
Seguindo essa tendencia, é de se esperar que o aporte em startups do setor cripto também tenha caído. Totalizaram US$ 569,9 milhões em janeiro, a queda foi de cerca de 21% em relação ao montante visto em dezembro de 2022.
De fato, um dos setores que mais viu os aportes caírem foi o de infraestrutura, que encolheu 42,6% entre dezembro e janeiro. O total foi de US$ 290,41 milhões.
Por outro lado, o setor de Web3 foi o que mais registrou aumento de interesse pelos fundos de investimento. Foram US$ 164,7 milhões aportados um aumento de quase 62%.
O setor de finanças descentralizadas, apesar do crescimento entre novembro e dezembro do ano passado, também perdeu tração em fluxo de capital recebido de fundos. Com US$ 40,96 milhões destinados ao setor, o total ainda é 12% menor do que aquele registrado em dezembro.
Tesla tem perda de R$ 1 bilhão em bitcoins no ano passado
Seguindo essa onda, a Tesla, foi uma das empresas que mais apostaram nas criptomoedas no passado e hoje apertam os cintos, com a queda do mercado.
Uma das queridinhas de Elon Musk, a empresa reportou uma perda de US$ 204 milhões em suas participações em bitcoin segundo o portal TechCrunch.
Com base em documentos da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) estudadas pelo portal, o prejuízo foi parcialmente compensado por lucros de US$ 64 milhões em negociações da moeda. Portanto, o prejuízo líquido final foi de US$ 140 milhões.
Não está fácil para ninguém, meus amigos, apesar disso, Musk segue firme no mercado e não volta atrás quando o assunto é Bitcoin ou Dogecoin.
Apple pensava que criptomoedas eram esquema de pirâmide, diz ex-diretor da App Store
Por fim, encerramos nosso relatório falando um pouco sobre a ideia atrasada que a Apple tinha referente ao mercado de Criptomoedas.
Enquanto grandes empresas como Google e Meta se envolvem mais e maias com esse mercado, e outros grandes players começam a se interessar ainda mais por cripto ativos, a Apple nunca chegou a, de fato, lançar alguma iniciativa cripto. Pelo contrário, a empresa sempre deixou claro que não era adepta das criptomoedas.
A empresa sempre foi tão atrasada com a iniciativa que, no passado, a empresa chegou a bloquear uma atualização do aplicativo de carteira cripto da Coinbase. Além disso, ela aplicou uma taxa de comissão de 30% sobre as vendas de tokens não fungíveis (NFTs) na App Store. Mas essa repulsa pelos criptoativos parece ter uma razão.
Segundo o ex-diretor da App Store da Apple, Phillip Shoemaker, a empresa sempre teve problemas com as criptomoedas, chegando a acreditar que elas eram um esquema na realidade ponzi ou uma pirâmide financeira.
“A Apple teve problemas com criptomoedas desde o primeiro dia. Eles pensaram que era um esquema Ponzi ”,
Disse Shoemaker em entrevista ao Decrypt.
Acreditar que o mercado de criptomoedas é um esquema de pirâmide financeira poderia ser algo até plausível a 10 anos atrás, mas nos últimos anos essa ideia foi deixada de lado por muitas empresas e até mesmo bancos já aderiram a esse mercado.
Será que com o crescimento do Bitcoin e com a entrada de grandes empresas, no mercado, a Apple irá finalmente começar a criar soluções no ecossistema cripto?
Vale ressaltar que o blockchain tem uma premissa totalmente contrária ao modo de trabalho da Apple, tendo em vista que enquanto a solução criada por Satoshi preserva a premissa de decentralização, a Apple busca centralizar tudo em seu próprio ecossistema e impede que até mesmo outras empresas que usam seus recursos inovem com ideias que fujam dessa política. Vamos ver como será que ela irá agir daqui para frente.
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