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Não “VALE3” a pena? Lucro da Vale desaba 78% no resultado 2T23

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A Vale (VALE3), uma das principais mineradoras do mundo, divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2023, demonstrando um desempenho abaixo do esperado pelos analistas e investidores. O lucro líquido atribuível aos acionistas atingiu US$ 892 milhões, uma queda de 78,2% em relação ao mesmo período de 2022, ficando muito aquém da projeção da Refinitiv, que previa um lucro de US$ 2,15 bilhões. Os principais fatores que influenciaram esse desempenho negativo foram os menores preços do minério de ferro e níquel, além de outras circunstâncias específicas da empresa.

Em reais, o lucro líquido no segundo trimestre de 2023 foi de R$ 4,573 bilhões, em comparação a R$ 20,221 bilhões no mesmo período de 2022, o que representa uma queda expressiva de 77,4%.

De acordo com a Vale, o lucro líquido das operações continuadas foi impactado negativamente, principalmente devido aos menores preços de minério de ferro e níquel entre abril e junho de 2022 em comparação com o mesmo período de 2023. Essa queda no preço do minério teve um impacto de US$ 1,34 bilhão no lucro líquido. Além disso, a apreciação do real frente ao dólar e a menor marcação a mercado das debêntures participativas tiveram efeito negativo no lucro, resultando em uma redução de US$ 978 milhões. Ainda, a empresa registrou uma baixa de US$ 881 milhões em relação às provisões da Fundação Renova após o plano de recuperação judicial.

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Em relação à receita líquida, a Vale registrou US$ 9,67 bilhões no segundo trimestre de 2023, representando uma queda anual de 13,33%, enquanto o mercado projetava uma receita de US$ 9,98 bilhões. Quanto ao Ebitda ajustado das operações continuadas, que é uma medida de lucro operacional, a mineradora alcançou US$ 3,874 bilhões, indicando uma baixa anual de 26%, ante a expectativa de US$ 4,264 bilhões.

O balanço também revelou que a produção de minério de ferro da Vale teve um aumento de 6,3% no segundo trimestre de 2023, atingindo 78,74 milhões de toneladas, em comparação com o mesmo período de 2022. No entanto, a comercialização do produto avançou apenas 0,9% na mesma comparação, devido às restrições no embarque enfrentadas no primeiro trimestre no Terminal Ponta da Madeira, no Maranhão. O preço realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 98,5 por tonelada, o que representou uma queda de US$ 14,8 por tonelada em relação ao mesmo período do ano anterior.

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Outros indicadores importantes também foram mencionados no balanço. O resultado financeiro líquido foi negativo em US$ 157 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo ganhos financeiros de US$ 821 milhões do mesmo período de 2022. As despesas operacionais totais somaram US$ 795 milhões no 2T23, registrando um recuo de 4,7% em relação ao mesmo período de 2022. A empresa investiu US$ 1,208 bilhão no 2T22, em comparação a US$ 1,293 bilhão de um ano antes.

Entretanto, um dos aspectos preocupantes é o crescimento da dívida líquida da companhia, que atingiu US$ 8,908 bilhões em 30 de junho de 2023, representando um aumento de 65,7% em comparação com o mesmo período de 2022. O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, aumentou para 0,6 vez em junho de 2023, representando uma alta de 0,4 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2022.

Em relação às projeções, a mineradora atualizou os custos do minério de ferro e níquel para o ano de 2023. O Custo caixa C1 do minério de ferro foi ajustado para US$ 21,50 a US$ 22,50 por tonelada, enquanto o custo all-in do minério de ferro passou para US$ 52 a US$ 54 por tonelada. Já o custo all-in do níquel foi projetado entre US$ 15.500 a US$ 16.000 por tonelada.

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Tabela de Indicadores Operacionais:

Indicador 2T23 (US$ bilhões) Variação Anual (%)
Lucro Líquido (atribuível aos acionistas) 0,892 -78,2
Receita Líquida 9,67 -13,33
Ebitda Ajustado (Op. Continuadas) 3,874 -26
Dívida Líquida 8,908 +65,7
Alavancagem Financeira (Dívida líquida / Ebitda ajustado) 0,6 +0,4 p.p.

Apesar do cenário desafiador, a Vale continua sendo uma das principais empresas do setor, e os investidores aguardam com expectativa por possíveis mudanças em sua estratégia para superar os desafios e retomar o crescimento nos próximos trimestres.

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