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Após fim da guerra, Israel precisará discutir sua inteligência e crise interna

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O mundo acompanha com apreensão o conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Membros do grupo extremista palestino fizeram um ataque surpresa no sábado, aniversário de 50 anos do início da Guerra do Yom Kippur. Naquele conflito, uma coligação de nações árabes, liderada por Egito e Síria, lançou um ataque surpresa contra Israel.

Na ocasião, forças muçulmanas começaram ganhando o confronto, mas foram repelidas pela contraofensiva israelense auxiliada por aliados, incluindo os Estados Unidos. O ataque atual do Hamas foi a maior incursão em O décadas contra o território israelense. Segundo militares de Israel, “infiltrados” no país vieram a partir da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islâmico e que abriga 2,3 milhões de palestinos.

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Para Acacio Miranda, doutor em Direito Constitucional e especialista em Direito Internacional, a reação das forças israelenses foi dentro do esperado.

“É quase que instintivo que haja um contra-ataque até para estabilizar as forças do Hamas. Só a partir do entendimento de que o Hamas não possa mais atacar Israel é que novos caminhos poderão ser pensados”, analisa.

Para ele, a lentidão da ONU e a falta de consenso no Conselho de Segurança, tornam a questão da guerra ainda mais complexa.

“A divisão geopolítica do mundo está bem representada lá. EUA, França e Reino Unido de um lado. E, provavelmente, China e Rússia do outro. E por essa razão a ONU não chegou a uma solução sobre a guerra”, pondera.

Um ponto que vem chamando a atenção desde o início é a facilidade com que o Hamas conseguiu atacar Israel, considerado um dos grandes líderes no setor de inteligência militar no mundo.

“Vai chegar o momento em que as autoridades israelenses vão precisar olhar para dentro e entender as razões dessas falhas todas”, explica o especialista.

Sobre o Hamas, a definição do grupo ainda causa discussões. Muitos países classificam a organização como terrorista. Outras nações, porém, aguardam um posicionamento de entidades como a ONU para se pronunciarem. “Essa confusão causa dificuldade no combate ao Hamas no campo jurídico internacional. A Austrália, por exemplo, reconhece o Hamas também como entidade política [venceu as eleições palestinas em 2006]”, disse Acacio.

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Para o especialista, com a situação do conflito se acalmando, a questão política interna de Israel deve ser discutida. “Até que ponto a fragilidade interna de Israel, envolvendo Parlamento e Judiciário, teve relação com a facilidade com que os ataques aconteceram? Isso deve ser questionado em algum momento”, coloca.


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