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Como a taxa de juros Selic influencia a vida do cidadão e das empresas?

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O ponto de partida para que se inicie a conversa sobre a taxa de juros que fundamenta as decisões que envolvem dinheiro numa economia (Selic-meta) é a inflação (IPCA). A inflação é o aumento contínuo e generalizado dos preços dos bens e serviços ao longo do tempo e pode ser causada por diversos fatores. Em destaque, a demanda e oferta de dinheiro na economia. Um aumento excessivo na quantidade de moeda em circulação (meios de troca) em relação à produção de bens e serviços (economia real), é uma situação de desequilíbrio que leva a pressões inflacionárias.

Uma inflação alta impacta negativamente a atividade econômica em pelo menos duas perspectivas. No dia a dia, o poder de compra dos cidadãos fica prejudicado, uma vez que os preços dos produtos e serviços aumentam mais rapidamente. Nos médio e longo prazos, inibe as decisões de investimento, já que a velocidade desses aumentos de preços e o tamanho deles, geram incertezas em relação aos cenários dos projetos.

Para controlar a inflação e manter a estabilidade de preços é necessário se entender de duas políticas macroeconômicas: a monetária e a fiscal. Cabe ressaltar que o “maestro” responsável por manter a harmonia dessas políticas é o Estado.

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A política monetária é uma ferramenta utilizada pelos bancos centrais, no caso do Brasil, o Banco Central (BACEN), para controlar a oferta de moeda no mercado. Em havendo uma pressão inflacionária, é usualmente adotada uma política monetária contracionista. É feita principalmente pela venda de títulos públicos por parte do Estado a preços mais baixos. De um lado vai título para o mercado privado, do outro volta dinheiro para o setor público, “enxugando” a quantidade de recursos em circulação no mercado.

A política fiscal envolve as decisões dos gastos públicos e a arrecadação de impostos. Ela tem um impacto direto na demanda agregada e no equilíbrio econômico. Quando o governo gasta mais do que arrecada, cria-se um déficit fiscal que pode levar a pressões inflacionárias. Por outro lado, quando o governo adota medidas de austeridade fiscal, reduzindo os gastos e aumentando a arrecadação, isso pode contribuir para o controle da inflação.

No controle inflacionário, é fundamental que as políticas fiscal e monetária estejam alinhadas. É ineficaz enxugar o dinheiro em circulação e gastar em projetos de retorno duvidoso que não tenham o efeito multiplicador. O Estado não é gerador e sim “habilitador” de riqueza. Quando faz gastos em infraestrutura que são de grande monta, precisa ter como objetivo habilitar e viabilizar outros projetos da iniciativa privada espalhados num ambiente de concorrência e não de concentração. É um desafio de caminhada, estimular o crescimento econômico e manter a estabilidade financeira.

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A taxa Selic influencia tanto a vida do cidadão quanto das empresas de várias maneiras.

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Para os cidadãos, do lado do consumo, ela afeta diretamente as taxas de juros cobradas em empréstimos pessoais, financiamentos imobiliários, financiamentos de veículos e cartões de crédito. Quando a Selic é alta, encarece o crédito o que dificulta o acesso, já que torna os empréstimos mais caros e reduz o poder de compra das pessoas. Do lado da poupança, quando a Selic está alta, os rendimentos de investimentos em renda fixa, como poupança, CDBs, fundos de renda fixa e títulos públicos tendem ser mais atrativos do que o investimento nos títulos de renda variável.

Para as empresas, quando a Selic é alta, as taxas de juros cobradas em empréstimos e financiamentos, via de regra, ficam mais caras, dificultando o acesso a recursos financeiros para investimentos em fixo e em capital de giro. Vale lembrar que o investimento é um fator que habilita negócios para o aumento de produtividade que, por sua vez, tende a promover a redução de custos, o que democratiza o acesso a produtos e serviços (desenvolvimento econômico).

Portanto, a inflação, as políticas monetária e fiscal e desenvolvimento econômico estão no núcleo de temas que o cidadão precisa estar atento, no núcleo da educação financeira.

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Por Maurício Takahashi, Professor na Área de Finanças, Economia e Métodos Quantitativos na Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Alphaville


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