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Dia de “shortear” Oi? Novas polêmicas devem “bombardear” ação hoje

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Quinta-feira negra. Este deve ser o clima entre os acionistas e investidores da Oi hoje, após novas notícias circularem no mercado nas últimas horas. E uma queda nos papéis na sessão da bolsa de valores de hoje (2), parece inevitável.

De acordo com informações veiculadas na noite nesta quarta-feira (01/02), a OI S.A. (OIBR3) realizou um pedido cautelar solicitando que seus ativos não sejam bloqueados por credores. O pedido foi apresentado para a 7ª Vara Empresarial do TJRJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro), juízo que cuidou de todo o processo de recuperação judicial da empresa.

A empresa alega ter dívidas de 29 bilhões de reais e, semelhantemente ao procedimento adotado pela Lojas Americanas (AMER3), a telecom realizou um pedido de natureza cautelar – ou seja, caso o juízo da 7ª Vara Empresarial defira a medida, a empresa terá 30 dias para apresentar seu novo pedido de RJ.

Caso se confirme, será a segunda recuperação judicial da Companhia, cujo processo anterior — o maior da história do Brasil — foi encerrado há pouco mais de um mês, em dezembro.

De acordo com a Folha de São Paulo, o novo pedido ocorre em razão de “iminente risco de dano irreparável”, de modo a garantir a preservação das atividades da companhia.

De acordo com o documento apresentado, “são, aproximadamente, R$ 29 bilhões apenas em dívidas financeiras, com os ECAs holders, bondholders e Bancos Nacionais, sendo que mais da metade desse valor está vinculada à moeda norte-americana, correndo o risco de majoração em razão das flutuações cambiais”.

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Em seu pedido, a OI alega que o não pagamento de mais de 600 milhões de reais, que vencem no próximo dia 5 de fevereiro, acarretaria no vencimento antecipado da dívida financeira atual da empresa – de 29 bilhões de reais.

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A Companhia também alega que premissas regulatórias adotadas no primeiro plano de recuperação judicial, encerrado em dezembro do ano passado, não foram concretizados, o que impacta de forma negativamente nas operação da OI.

O novo pedido cai como uma bomba no mercado, que ainda está digerindo a fraude contábil das Lojas Americanas. Caso o segundo pedido de RJ seja deferido pelo Poder Judiciário, a OI S.A. entrará novamente na lista das 5 maiores recuperações judiciais da história do Brasil – em segundo e quinto lugar.

Até o momento, as maiores recuperações judiciais do Brasil foram: Odebrecht (R$ 80 bilhões), seguida do primeiro pedido de RJ da Oi (R$ 65 bilhões), Samarco (R$ 55 bilhões) em terceiro lugar e Americanas em quarto lugar (R$ 43 bilhões).

A diretoria atual da Oi vai cair

A Oi divulgou, há pouco, que convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para o dia 6 de março de 2023, às 14h30, a fim de deliberar sobre a destituição do conselho de administração da empresa.

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No dia 26 de janeiro, em resposta à B3 sobre a forte oscilação de suas ações, a tele informou que havia tomado conhecimento de um requerimento apresentado por acionistas sobre o assunto. A AGE vai deliberar também a respeito da reforma do Artigo 22 do Estatuto Social da empresa, que trata da quantidade de membros titulares do conselho. A proposta é que o número varie entre sete e nove.

Em caso de aprovação, também será discutida a fixação de nove integrantes para o conselho, além da eleição desses membros, com mandato unificado de dois anos a partir da eleição.

Tragedia anunciada?

Além disso, a Oi (OIBR3) optou por descontinuar a divulgação das projeções de desempenho futuro (guidance), contemplando projeções e estimativas operacionais e financeiras divulgadas no fato relevante de 19 de julho de 2021, tendo em vista as relevantes mudanças no cenário macroeconômico brasileiro e a consequente contrapartida no ambiente competitivo e nas necessidades de financiamento da companhia. E começou a trazer suspeitas de que a situação da companhia não estava alinhada com o otimismo do mercado.

No comunicado, companhia também ressaltou que as projeções contidas no fato relevante de 31 de dezembro de 2022, sobre o Blowout das discussões com credores, não devem ser consideradas como guidance. Isso porque tais projeções assumem premissas da negociação com os credores conforme os termos da proposta apresentada no material e os indicadores financeiros e operacionais divulgados poderiam ser objeto de revisão de acordo com o próprio resultado dessa discussão.

Hora de shortear?

Com a possível queda das ações, entrar vendido na operadora pode parecer tentador.Os famosos “shorts selling”, (ou vendas em descoberto como conhecido no Brasil) estiveram em alta no mercado quando as expectativas futuras de desempenho do mercado começaram a ficar “tenebrosas”.

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Esse método de investimento busca priorizar desvalorização de ações. Pode parecer confuso então vou explicar um pouco mais.

Em resumo, a venda em descoberto consiste em “emprestar” ações e depois vende-las.

Para entender como essa venda aposta na desvalorização das ações é preciso entender como funciona esse “empréstimo”. Um investidor “aluga” uma ação que ele não possui em sua carteira, e a vende.

Pessoalmente, gosto de visualizar essas informações em números para entender melhor, então segue um exemplo:

Um investidor “aluga” um ativo de 10 dólares e o vende por esse valor, contudo, o pagamento desse “aluguel” é realizado posteriormente, quando o investidor é obrigado a comprar novamente a ação e devolvê-la ao credor original. Neste momento, se o preço da ação for menor que os 10 dólares iniciais, digamos que 6 dólares, o investidor que vendeu em descoberto lucrou 4 dólares.

Por isso, é possível aos investidores apostarem na desvalorização de determinados ativos, essa prática é bem comum na bolsa americana. No entanto, como se trata de uma situação de alto risco, é recomendada apenas para investidores mais arrojados e experientes.

As opiniões aqui retratadas não devem ser consideradas recomendações e/ou análise de investimento.


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