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Emissões de renda fixa somam R$ 457 bi e batem recorde no mercado de capitais em 2022

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As emissões das empresas nacionais em instrumentos de renda fixa somaram R$ 457 bilhões em 2022, o que representa avanço de 6,6% sobre 2021. O volume é o maior da série histórica de mercado de capitais da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), iniciada em 2012, e foi puxado pelas ofertas de debêntures, que totalizaram R$ 271 bilhões no período — resultado que também é recorde.

“Mesmo diante de desafios nos cenários interno e externo, a renda fixa teve um bom desempenho em 2022, o que demonstra a força e a maturidade que o nosso mercado de capitais doméstico atingiu nos últimos anos”, afirma José Eduardo Laloni, vice-presidente da ANBIMA.

“Com essa evolução, além das debêntures, vemos outros instrumentos ampliando participação no financiamento das empresas, como as notas comerciais, os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio)”, complementa.

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No mercado de securitização, os CRIs totalizaram R$ 50,3 bilhões no ano, resultado que representa alta de 48,5% sobre 2021. Foram 677 operações, contra 623 no ano anterior. Os CRAs somaram R$ 40,8 bilhões, com avanço de 62,4%. O número de operações também cresceu na mesma base de comparação, passando de 185, em 2021, para 302. Os resultados dos CRIs e dos CRAs também são recordes da série histórica da ANBIMA. Já os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) tiveram queda de 49,9% em relação a 2021, para R$ 46,2 bilhões.

“Parte desse crescimento é fruto da evolução regulatória”, afirma Guilherme Maranhão, vice-presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da ANBIMA. “O avanço dos CRAs está relacionado ao lançamento do Fiagro (Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais), em 2021. Os fundos dessa categoria passaram a ser grandes compradores de CRAs. Ou seja, é a regulação contribuindo ao desenvolvimento do mercado de capitais”, diz. Em 2022, os Fiagros captaram R$ 7,1 bilhões.

Somam ainda aos resultados de renda fixa as notas comerciais, que chegaram ao mercado em 2021. Naquele ano, nove ofertas atingiram R$ 2,9 bilhões. Em 2022, a utilização do instrumento se acentuou: foram 115 ofertas, totalizando R$ 43,2 bilhões.

“O volume de emissões de notas comerciais é o quarto mais alto do ano, o que é bastante interessante por se tratar de um produto relativamente novo”, afirma Maranhão. “As características de flexibilidade e agilidade de emissão dessas notas impulsionaram o resultado”, complementa Laloni.

Na renda variável, o volume de operações no ano foi de R$ 55 bilhões, com queda de 57% em relação a 2021. Foram 19 follow-ons (ofertas subsequentes de ações) no período, atingindo R$ 54,6 bilhões. O resultado puxou para baixo o total de emissões no mercado de capitais em 2022, que ficou em R$ 544 bilhões, queda de 10,9% na comparação ao ano anterior.

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