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Fim do mau humor global deve trazer novo ânimo para o mercado de M&A em 2023, diz especialista

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O humor dos investidores foi duramente afetado com o conflito na Ucrânia, a inflação e juros crescentes nos Estados Unidos, o cenário político incerto na América Latina e com os riscos de novos lockdowns na China. A somatória dessas instabilidades resultou em um ambiente adverso no ano passado, refletindo diretamente em um baixo volume de fusões e aquisições.

Com o fim da temporada de altas inflacionárias nos principais mercados globais, o que se espera agora no início de 2023 é que os negócios sejam retomados aos poucos, proporcionando um cenário mais otimista.

“A sensação é de que o pior já passou e isso vai ajudar os investidores a encontrar um cenário mais estável no segundo semestre, com uma visão mais clara da queda de juros”, explica Carlos Lobo, sócio do escritório de advocacia norte-americano Hughes, Hubbard & Reed LLP.

Apesar do ambiente ainda desafiador, a percepção otimista começa a surtir alguns efeitos positivos. Lobo observa novamente um interesse dos investidores estrangeiros na América Latina, especialmente no setor de energia. “O cenário político mais previsível e muitas vezes até mais amigável, na opinião da classe internacional, além do antagonismo entre China e Estados Unidos, fazem do fenômeno ‘nearshoring’, em que as empresas buscam encurtar sua cadeia de produção, uma realidade. Companhias que hoje contam com fornecedores na Ásia devem buscar produtores mais próximos na América Latina para reduzir riscos e possíveis gargalos logísticos. Certamente México, Brasil e outros países da região irão se beneficiar com esse movimento”.

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O especialista também prevê que os investimentos na área de energia renovável e descarbonização nos Estados Unidos serão enormes nos próximos anos. O motivo é o ‘Inflation reduction act’, pacote anti-inflação assinado em 2022 pelo presidente norte-americano Joe Biden, de incentivo à atração de recursos e de incentivos fiscais para empresas interessadas em se instalar nos EUA.

“Vemos empresas europeias considerando ir para os Estados Unidos, já que terão muito incentivo fiscal. E isso vai despertar interesse das companhias latino-americanas para se beneficiar disso. A indústria de energia renovável e de fabricação de equipamentos como turbina para energia eólica, placa solar e bateria de lítio, por exemplo, vão encontrar muito recurso disponível”, finaliza.


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