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- Dividendos da Petrobras: A destinação dos R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários está sob a responsabilidade do governo federal.
- Decisão do Conselho: O tema não está na agenda da próxima reunião do conselho de administração, mas deve ser abordado na assembleia geral no dia 25 ou posteriormente.
- Possibilidade de Distribuição: Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, menciona que a distribuição integral dos dividendos é uma possibilidade em aberto.
- Política de Preços: Atualmente, não há necessidade de ajustes nos preços dos combustíveis, segundo Prates. A empresa monitora o mercado internacional e os preços atuais do petróleo não justificam mudanças.
- Estabilidade: Prates enfatiza que não há razão para pânico e que a Petrobras está vigilante quanto às condições de mercado globais.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou que a decisão sobre a alocação dos R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários da companhia está nas mãos do governo federal. A definição sobre o destino desses recursos será responsabilidade do conselho de administração da estatal, e o tema não está incluído na agenda da próxima reunião do conselho.
Em entrevista concedida a imprensa após sua participação em um evento do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Prates destacou que a questão dos dividendos deverá ser discutida durante a assembleia geral marcada para o dia 25 ou após esse encontro. Quando questionado sobre a possibilidade de distribuição total dos dividendos, o presidente respondeu que “tudo é possível”.
Paralelamente, Prates também abordou a política de preços de combustíveis da Petrobras, assegurando que atualmente não se vê necessidade de ajustes nos preços.
“Estamos atentos às condições do mercado internacional e, até o momento, nada indica a necessidade de alterações nos preços, uma vez que os próprios valores do petróleo não sugerem mudanças”
Explicou o presidente da petroleira.
Ele reforçou que não há motivos para pânico e que a empresa continua monitorando atentamente o cenário global.
Contexto
Em março, a Petrobras anunciou a decisão de reter os dividendos extraordinários, associados ao lucro do quatro trimestre de 2023, de 31 bilhões de reais. À época, a reunião do Conselho, Prates advogou pela distribuição de pelo menos metade do montante, mas o colegiado decidiu transferir cerca de 44 bilhões de reais em dividendos extras para uma conta de reserva.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse no inicio do mês que o conselho da Petrobras está arguardando as informações finais da diretoria da estatal para deliberar sobre o plano de investimentos e a distribuição de dividendos extraordinários.
Além disso, Haddad também destacou que as discussões acerca da reoneração da folha de salários se encontram em um estágio “morno” esta semana, mas há previsão de intensificação na próxima semana.
“A decisão sobre o dividendo é um desdobramento da execução do plano de investimento. Toda a questão que está para ser debatida pela diretoria e, depois, pelo conselho é se vai ou não faltar recurso para execução do plano de investimentos.”
Haddad em encontro com os ministros da Casa Civil e Minas e Energia
Os dividendos são a parcela do lucro que uma empresa passa aos acionistas. No mês passado, a Petrobras distribuiu apenas o mínimo de R$ 14,2 bilhões previstos na Lei das Sociedades Anônimas, após divulgar que obteve lucro de R$ 124,6 bilhões em 2023.
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