Acordo positivo

JPMorgan projeta alta na economia da China após trégua tarifária com os EUA

O JPMorgan aumentou a previsão de crescimento da China para 5,2% em 2024, impulsionado por medidas internas e avanço diplomático com os Estados Unidos.

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Crédito: Depositphotos
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  • JPMorgan elevou previsão do PIB da China para 5,2% em 2024, citando estímulos internos e trégua comercial com os EUA.
  • Medidas como cortes de juros e incentivos à indústria ajudaram a recuperar a confiança dos mercados.
  • Crescimento chinês mais forte pode beneficiar o comércio global e as economias emergentes.

Após uma série de iniciativas para reativar a economia e o avanço em negociações com os EUA, a China teve sua previsão de crescimento econômico revisada para cima pelo JPMorgan. A expectativa agora é que o país cresça 5,2% em 2024. Especialistas avaliam que os recentes acordos comerciais e políticas fiscais agressivas podem consolidar a retomada da confiança do mercado.

Projeção otimista diante de novos sinais

A China ganhou fôlego nas expectativas de crescimento econômico. O JPMorgan revisou a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do país de 4,9% para 5,2% em 2024. A mudança reflete a combinação de avanços nas relações bilaterais com os Estados Unidos e novas ações do governo chinês para impulsionar a atividade interna.

Além disso, o relatório do banco destaca que a aproximação entre Washington e Pequim trouxe um ambiente mais favorável ao comércio internacional. Embora os detalhes dos acordos ainda não tenham sido divulgados, especialistas apontam que há avanços concretos nas conversas, sobretudo em áreas sensíveis como tecnologia e propriedade intelectual.

Consequentemente, os sinais de reaproximação reduziram incertezas que, até então, limitavam o investimento estrangeiro. A queda na percepção de risco permitiu que empresas internacionais reavaliassem suas operações na Ásia. Com isso, as projeções passaram a incorporar um cenário mais estável.

Simultaneamente, os estímulos adotados pelo governo chinês, como subsídios, corte de juros e flexibilização fiscal, reforçaram a expectativa de aquecimento da economia. O impacto dessas medidas já pode ser observado em indicadores como consumo interno e setor imobiliário.

Medidas internas também pesaram na decisão

O relatório do JPMorgan não se limita ao contexto geopolítico. Ele também menciona o efeito de políticas domésticas implementadas pela China desde o fim de 2023. Segundo os analistas, o governo chinês demonstrou um compromisso renovado com a estabilidade econômica, o que influenciou positivamente a revisão da projeção.

Além disso, Pequim ampliou o financiamento para infraestrutura, reduziu tributos sobre consumo e aumentou incentivos à indústria de tecnologia. Tais ações visam conter a desaceleração observada no início do ano passado. Como resultado, os dados recentes apontam recuperação gradual em setores-chave, como construção civil, exportações e serviços.

Outro fator relevante foi a política monetária mais agressiva adotada pelo Banco do Povo da China. Com cortes sucessivos nas taxas de juros, a instituição tenta estimular o crédito e facilitar a expansão do investimento privado. Embora ainda haja desafios, a resposta do mercado tem sido positiva.

Por fim, o próprio mercado financeiro reagiu com otimismo à nova estimativa. Bolsas asiáticas fecharam em alta após a divulgação do relatório, refletindo maior confiança dos investidores quanto ao desempenho da economia chinesa.

Perspectiva global e possíveis efeitos

A elevação da projeção do PIB chinês tende a impactar outros mercados. Afinal, a China representa uma parcela significativa do comércio mundial e tem influência direta sobre cadeias produtivas globais. Portanto, uma retomada mais firme em seu território pode beneficiar economias emergentes e desenvolvidas.

Ao mesmo tempo, o cenário exige cautela. Apesar dos avanços recentes, persistem tensões latentes nas relações sino-americanas. Questões como tarifas, semicondutores e Taiwan ainda preocupam analistas. Desse modo, a sustentabilidade desse otimismo dependerá de ações concretas nos próximos meses.

Ademais, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já havia sinalizado melhora na perspectiva chinesa, ainda que de forma mais tímida. Agora, com a projeção revista por uma das principais instituições financeiras do mundo, outros agentes econômicos devem seguir o mesmo caminho.

Diante disso, o mundo observa atentamente os próximos passos de Pequim. Se o país mantiver o ritmo de recuperação, pode contribuir significativamente para o crescimento global em 2024 e 2025.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras, apaixonado por esportes, música e cultura num geral.

Licenciado em Letras, apaixonado por esportes, música e cultura num geral.