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- O Nubank emitiu uma resposta firme às críticas após a cofundadora Cristina Junqueira receber críticas por agradecer um convite da plataforma Brasil Paralelo, associada ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
- Em comunicado oficial, o banco esclareceu que Junqueira não tem parceria com os organizadores do evento e que o Nubank não patrocina nem endossa a Brasil Paralelo.
- O Nubank reafirmou sua posição de neutralidade política, religiosa e ideológica, destacando seu compromisso com um padrão ético rigoroso.
- Em relação a um ex-engenheiro de software do banco vinculado a um fórum controverso, agora na Brasil Paralelo, o Nubank afirmou que respeita a privacidade de seus funcionários e ex-funcionários, não divulgando informações pessoais ou histórico profissional.
- A instituição enfatizou seu compromisso com a ética, transparência e repúdio a atividades ilícitas, discriminatórias ou abusivas, visando manter a confiança dos clientes em meio a pressões nas redes sociais.
O Nubank (ROXO34) se pronunciou oficialmente hoje em resposta a uma onda de ameaças de cancelamento de contas após uma polêmica envolvendo a cofundadora do banco, Cristina Junqueira. As ameaças começaram quando Junqueira agradeceu, em seu perfil no Instagram, a um convite da plataforma Brasil Paralelo, que é associada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A postagem gerou reações negativas de usuários no X, antigo Twitter, que prometeram cancelar suas contas no banco. O assunto dominou as discussões na rede social durante a terça-feira (18).
Em comunicado, o Nubank afirmou que “Cristina Junqueira não tem qualquer parceria com os organizadores do evento, e que o Nubank não patrocina essa organização nem endossa seus conteúdos”. O banco enfatizou sua “postura apartidária”, afirmando que “não se associa a movimentos políticos, religiosos ou ideológicos”. O código de conduta do Nubank, conforme destacado na nota, “estabelece um padrão ético rigoroso e não tolera atividade ilícita, discriminatória ou abusiva de nenhum tipo”.
Além disso, o Nubank respondeu a uma reportagem do site Intercept Brasil, que revelou que um ex-engenheiro de software do banco é apontado como um dos fundadores de um fórum conhecido por disseminar crimes de ódio, pornografia infantil e antissemitismo. Este ex-funcionário agora trabalha na Brasil Paralelo, a mesma plataforma que convidou Junqueira.
O banco declarou que “por respeito à proteção de direitos de funcionários e ex-funcionários, não divulgamos informações pessoais ou histórico profissional”. A instituição reafirmou seu compromisso com a ética e a transparência, buscando distanciar-se de qualquer controvérsia ou associação negativa.
“O Nubank tem uma postura apartidária e não se associa a movimentos políticos, religiosos ou ideológicos. Possuímos um Código de Conduta que promove os direitos humanos, estabelece um padrão ético rigoroso, e não tolera atividade ilícita, discriminatória e abusiva de nenhum tipo”.
Nota divulgada pelo banco.
As ações da Nu Holding, negociadas em Nova York, fecharam o dia anterior em queda de 1,18%, enquanto o S&P 500, o seu índice de referência, subiu 0,25%
Contexto
A Agência Pública obteve e divulgou em reportagem assinada pela repórter Amanda Audi um comunicado interno enviado pelo presidente e diretor de operações do Nubank, Youssef Lahrech, aos funcionários do banco na última terça-feira à noite. O documento aborda a publicação feita pela cofundadora e diretora de crescimento do banco.
Na nota interna, Lahrech defendeu que a publicação de Junqueira não infringiu o Código de Conduta da empresa, enfatizando que se tratava apenas de um agradecimento aos organizadores de um evento de lançamento de livro. Ele assegurou que o Nubank não endossa qualquer conteúdo ou ponto de vista ligado ao evento mencionado.
A Agência Pública solicitou um posicionamento oficial do Nubank, mas não obteve resposta.
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