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O barato que sai caro: nova decisão da CVM pode custar R$ 1,2 bi para a Localiza

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  • As negociações entre Localiza e Unidas podem sair mais caro que os acionistas da companhia esperavam;
  • A medida é devido a fundos de investimentos que ganharam direitos iguais aos dos acionistas da Unidas no processo de fusão entre as empresas.

As ações da Localiza estiveram no protagonismo do mercado de capitais brasileiro nos últimos dias, após o parecer oficial da fusão da companhia com a Unidas, muitas casas de recomendação correram para alertar ao mercado que as ações estão baratas. Como o caso da Ativa Investimentos, que segue com a recomendação de compra para Localiza (RENT3) com preço-alvo de R$ 70,50.

No entanto, apesar de os papéis “estarem descontados” segundo alguns analistas, a negociação entre a Localiza e Unidas ainda pode sair bem caro para a empresa.

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A CVM decidiu hoje que as gestoras Atmos, Dynamo, Sharp, Helius, Verde e Vinland têm direito a um tratamento isonômico na fusão Localiza-Unidas, o que as permitirá acessar uma linha de financiamento barato originalmente desenhada apenas para os acionistas da Unidas.

O empréstimo está sendo concedido pela Localiza para ajudar os acionistas da Unidas a custear o pagamento do imposto sobre o ganho de capital da operação, estruturada como uma troca de ações. O financiamento foi fixado em até 20% do valor total das ações de Localiza recebidas pelos acionistas da Unidas.

A linha tem prazo de 5 anos e taxa de 3,5% ao ano e foi estruturada com o Banco XP. Quando a transação foi anunciada, em setembro de 2020, a Selic estava em 2% – o low histórico. Como a taxa subiu muito de lá para cá, as gestoras – todas acionistas da Unidas – ficaram mais incentivadas a lutar pela isonomia de tratamento.

Segundo os documentos da transação, o financiamento seria concedido a “todos os acionistas da Unidas”.

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A Localiza se recusava a estender o empréstimo às gestoras alegando que a lei proíbe fundos de investimento de contrair e efetuar empréstimos, “salvo em modalidade autorizada pela CVM”. A decisão pode representar um gasto extra de mais de R$ 1,2 bi para a Localiza, segundo contas da própria empresa em seus argumentos à CVM.


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