Guia do Investidor
imagem padrao gdi
Notícias

Orçamento Secreto: Derrotado no Congresso, Lula paga R$ 1,7 bilhão em um só dia

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

Presidente Lula libera montante recorde de R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares, em meio a tensões no Congresso.

Em meio à tensão política com o Congresso, o governo do presidente Lula liberou um recorde de R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares nesta terça-feira (30). Esta ação ocorreu no mesmo dia em que a votação sobre a reestruturação da Esplanada dos Ministérios foi adiada devido à possibilidade de rejeição.

Caso a medida provisória seja rejeitada, a estrutura dos ministérios voltaria a ser a da gestão anterior de Jair Bolsonaro, forçando o encerramento de ministérios criados em janeiro. Lula convocou uma reunião de emergência para quarta-feira para discutir as questões com o núcleo da articulação política do governo.

Liberação de emendas recorde ocorre em meio a tensões entre o Planalto e o Congresso

Em meio a um clima tenso com o Congresso, o governo do presidente Lula (PT) liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares, marcando um novo recorde para a gestão. Este valor é a maior quantia liberada em um único dia durante o governo Lula 3.

A liberação ocorreu na terça-feira (30), mesmo dia em que foi adiada a votação da medida provisória (MP) que trata da reestruturação da Esplanada dos Ministérios, para evitar possíveis rejeições. Se a MP for rejeitada, a estrutura dos ministérios reverteria ao formato estabelecido pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL), o que levaria ao encerramento de ministérios criados recentemente, como o dos Povos Indígenas e o da Cultura.

Leia mais  Pesquisa: 98% acham política econômica de Lula errada

A insatisfação entre os membros do Congresso atingiu um pico na terça-feira, com líderes de partidos unindo forças para rejeitar o formato que Lula impôs à Esplanada. As críticas ao governo incluem a demora na liberação de emendas parlamentares, na nomeação de indicados políticos para cargos governamentais e a dificuldade dos deputados em agendar reuniões com ministros.

Para discutir os reveses na Câmara e a MP, Lula convocou uma reunião de última hora com o núcleo de articulação política do governo na manhã de quarta-feira (31). O ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem sido o principal alvo de críticas, sendo responsabilizado por travar emendas e cargos e por falta de habilidade política.

Apesar das reclamações, a liberação de R$ 1,7 bilhão se soma à autorização de R$ 4,5 bilhões em emendas individuais já realizadas pelo governo até agora. Além disso, foram liberadas também emendas de bancada e emendas de comissão, somando mais R$ 270 milhões.

A principal reclamação dos líderes do centrão, porém, é a falta de uma perspectiva clara para que o governo libere a verba de R$ 9,8 bilhões que herdou após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o fim das emendas de relator – um mecanismo chave de negociação política durante o governo Bolsonaro.

Leia mais  Reoneração da folha será prejudicial, alertam 126 entidades da construção

Desde março, integrantes do centrão têm questionado como será a distribuição desses recursos, que o Planalto promete usar como moeda de troca com o Congresso.

O montante é dividido entre a Câmara e o Senado, de acordo com articuladores próximos a Lula. Os principais ministérios elaboraram regras que, segundo os parlamentares, burocratizam as negociações políticas.

A liberação recorde de R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares pelo governo Lula surge como uma tentativa de apaziguar as tensões com o Congresso e garantir a aprovação da MP que trata da reestruturação ministerial. Entretanto, resta saber se essa estratégia será suficiente para acalmar a crescente insatisfação parlamentar.


Nos siga no Google News
Leia mais  Governo está usando conta de luz como extensão do orçamento e cobrando R$ 10 bilhões a mais, diz Folha

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Impactos da demissão de Prates e mais: Confira o resumo dia

Rodrigo Mahbub Santana

Alvo de corrupção, Lula quer retomar falida indústria naval brasileira

Rodrigo Mahbub Santana

Petrobras e as perspectivas futuras sob intervenção política

Paola Rocha Schwartz

Genial/Quaest aponta rejeição a um novo mandato de Lula

Rodrigo Mahbub Santana

Decisão do STF beneficia indicados de Lula na Lei das Estatais

Paola Rocha Schwartz

Governo refuta alegações de recusa de ajuda do Uruguai ao RS

Paola Rocha Schwartz

Deixe seu comentário