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Reforma tributária deve avançar em 2023: o que é e como afeta a sua vida?

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O sistema tributário brasileiro é um dos mais complexos no mundo, e uma reforma tributária já está em discussão no Brasil há algum tempo — e com a eleição do novo governo federal, o tema voltou para os holofotes.

Segundo o professor de Contabilidade da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) Tiago Slavov, se a reforma conseguir avançar, a simplificação do sistema tributário pode representar um aquecimento na economia do País, com reflexos em todas as atividades e na própria arrecadação do governo.

“São vários os benefícios potenciais da reforma, não somente para as empresas, mas também para os cidadãos. Embora as mudanças propostas não afetem prioritariamente a carga tributária, ao melhorar a tributação dos produtos e serviços, a simplificação reduzirá custos para as empresas na apuração dos impostos, que poderão repassar a economia para os preços de produtos e serviços”, exemplifica o professor.

Além disso, na opinião do professor universitário, as reduções nas distorções provocadas com as legislações complexas também aumentarão a eficiência da economia, por exemplo na logística de produtos: hoje uma empresa pode estar operando em um local mais longe do cliente devido a um benefício fiscal concedido na localidade. Com a eliminação das distorções tributárias, a empresa pode se mudar para um local mais próximo do cliente, reduzindo custos logísticos e sendo mais eficiente nas entregas de produtos.

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A REFORMA

A reforma tributária, em si, não é um projeto recente, mas o apoio político e dos Estados (bastante afetados pela mudança) ganhou muita força nos últimos anos. A mudança tem como objetivo principal simplificar as obrigações tributárias para as empresas.

“Tais mudanças, que chegaram a avançar no Congresso na legislatura atual, ainda estão carentes de debates sobre vários pontos com grande potencial nos investimentos. A Reforma Tributária é uma pauta urgente no nosso país, e por ser uma ação de forte impacto na economia, e segundo acenos, será priorizada no governo eleito”, acrescenta.

Em síntese, as principais mudanças alcançam os tributos sobre vendas e serviços, em que as propostas reduzem a quantidade de tributos (ICMS, IPI, PIS, COFINS, II, ISS, IE, entre outros), a quantidade de alíquotas e as inúmeras exceções e tratamentos específicos em cada tributo. As mudanças, ao menos no momento, não alcançam a carga tributária (ou seja, quanto se paga), mas os processos de cálculo dos tributos (como se paga).

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As reformas tributárias “prioritárias” são aquelas que alcançam os tributos sobre vendas de produtos e serviços. Outra “parte” da reforma (com discussões mais recentes no Legislativo) é aquela que alcança a tributação sobre a renda. As mudanças inicialmente discutidas envolvem mudanças nas alíquotas da tributação nas empresas, tributação de dividendos (hoje isentos) e extinção do JSCP, entre outras.

Slavov lembra dentre as propostas do programa de governo do presidente eleito Lula, a frase: “Vamos fazer os muito ricos pagarem imposto de renda”.

“Logo, mudanças na tributação de dividendos, JSCP e outros atributos dos investimentos são esperadas, demandando por parte de investidores, decisões sobre alocações de recursos e estratégias tributárias diferentes das atuais. Portanto, para não ‘perder dinheiro’ é necessário acompanhar com bastante proximidade as discussões que virão sobre a reforma tributária”, finaliza.

O especialista: Tiago Nascimento Borges Slavov é doutor em Contabilidade pela USP e Mestre em Contabilidade pela FECAP. É professor do Programa de Mestrado em Ciências Contábeis da FECAP e coordenador do Núcleo de Apoio Fiscal e Contábil (NAF) da FECAP.

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