Guia do Investidor
imagem padrao gdi
Notícias

Selic deve encerrar o ano a 12,50%, segundo Grupo Consultivo Macroeconômico

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

A Selic deve encerrar o ano a 12,50%, de acordo com o Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), ante uma projeção de 12,75% anteriormente. Os economistas preveem o início do ciclo de queda dos juros para setembro diante da recente melhora gradual da inflação.

Há consenso no grupo de que o Banco Central não reduzirá os juros antes da reunião do Conselho Monetário Nacional em junho, quando será decidida a meta de inflação dos próximos anos.

Apesar da percepção mais positiva para a trajetória da inflação de curto prazo, a previsão para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2023 subiu de 5,8% para 6,1%. Na visão dos economistas, a convergência das expectativas de inflação para patamares mais baixos só deverá ocorrer em meados do próximo semestre, quando a atividade econômica estará desacelerando.

Leia mais  Como a taxa de juros Selic influencia a vida do cidadão e das empresas?

Na análise do cenário externo, o grupo acredita que o Fed (Federal Reserve), o banco central norte-americano, deverá elevar a taxa de juros na reunião de hoje e encerrar o ciclo de alta. A expectativa é de que o aperto nas condições de crédito se reflita na atividade nos próximos meses, com efeito no emprego e no segmento de serviços.

O debate sobre política fiscal foi centrado no arcabouço anunciado pelo governo federal, com o reconhecimento do colegiado de que a existência do plano reduz o risco de cauda, refletido nos preços dos ativos desde o início do ano, quando havia grande incerteza quanto ao substituto do teto de gastos. Ainda assim, há muitas dúvidas em relação às perspectivas para as contas públicas, com o grupo indicando como maior desafio assegurar um nível de receitas que torne factível essas medidas.

Em relação ao câmbio, o colegiado reduziu a estimativa para o final deste ano de R$ 5,25 para R$ 5,20, o que corresponderia a uma valorização de 6,8% do real em 2023. A recente apreciação da moeda doméstica, na avaliação do grupo macro, é resultado da divulgação do arcabouço fiscal e da expectativa de safra recorde em um momento de recuperação da economia chinesa, além do próprio enfraquecimento do dólar no mercado internacional.

Leia mais  O que esperar para o primeiro COPOM de 2024?

O grupo manteve a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2023 em 0,90%, reconhecendo que houve uma surpresa positiva no início do ano liderada pelo setor agrícola e o consumo das famílias, mas prevendo uma perda de dinamismo nos próximos meses.

Confira o Relatório Macroeconômico da ANBIMA


Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Economistas estão preocupados com crescente inflação no Brasil

Paola Rocha Schwartz

Polêmica no BC: Interpretação Política e incerteza econômica

Paola Rocha Schwartz

Dólar dispara com aversão ao risco pós decisão dividida do Copom

Paola Rocha Schwartz

Selic cai para 10,5% ao ano, com corte menor

Márcia Alves

Ibovespa cai levemente; governo propõe medidas para crise no RS

Rodrigo Mahbub Santana

Petrobras atualiza valor dos dividendos extraordinários por ação

Paola Rocha Schwartz

Deixe seu comentário