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“Deu ruim” para os “Hermanos”: com alta do dólar, alerta para a crise na Argentina dispara

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Para quem acompanha política internacional. o que vem acontecendo na Argentina não é surpresa. No entanto, todos os elementos para que a crise no país dos Hermanos se intensifique parecem ter se reunido.

A esperança de que um novo acordo com o FMI – duramente negociado – traria paz aos nossos vizinhos foi por terra em poucos dias. A crise política no País se agravou, com disputas ferozes dentro do bloco governista, radicalização populista e uma crescente insatisfação dos eleitores.

O dólar livre, negociado no mercado paralelo, subiu mais de 33% desde o início do mês. A cotação bateu em 337 pesos na tarde da última sexta-feira (21), ampliando para 160% a diferença em relação ao câmbio oficial, que está em 130 pesos. É a maior disparidade entre as cotações em 40 anos.

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Temendo novas restrições à compra da moeda americana, os argentinos correm às casas de câmbio e compram o que podem. É a maneira de se defenderem da perda do poder de compra de sua própria moeda, corroída pelo descontrole inflacionário.

As comparações com o cenário de hiperinflação como o que ocorreu no Brasil nas decádas de 80/90 já começaram.

Enquanto posterga o ajuste das contas públicas e o controle da inflação, o presidente Aregentino Alberto Fernández, com a popularidade já abaixo da Patagônia, cede ainda mais ao populismo, dobrando a aposta em congelamentos e medidas historicamente ineficientes, adiando o que parece ser inevitável.

Sem acesso a dólares, fábricas param porque não conseguem importar insumos. E num país rico em petróleo, falta diesel para as máquinas agrícolas. São apenas alguns dos reflexos dos controles cambiais e de preços.

O tiro vai “ricochetar” no Brasil?

Por outro lado, aqui no Brasil o descontrole inflacionário dos “nossos vizinhos” serve de alerta. A economia brasileira possui diferenças evidentes em relação à argentina.

Afinal, o Brasil deu fim ao drama da dívida externa e possui reservas internacionais de US$ 360 bilhões. Nossa inflação está acima da meta, mas nada muito diferente do que ocorre na grande maioria dos países. Considerando os problemas inflacionários tomaram escala global.

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A prova disso? O recente aumento dos juros pelo Banco Central Europeu, o primeiro em 11 anos.

Apesar de o Brasil ter se “prevenido da crise” ao adotar uma política arrojada de juros já no início da crise, não estamos completamente imunes desta crise.

A principal âncora fiscal do país, o teto de gastos, foi solapada por PECs que abriram brechas para o aumento de despesas acima do permitido originalmente. A última delas foi a PEC Kamikaze, com um impacto estimado de R$ 80 bilhões/ano para os cofres públicos. Além disso, o País tem um passado de viciado em inflacionismo.


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