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Fim da Reestruturação: Azul levanta US$ 800 milhões para quitar dívida

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A companhia aérea Azul anunciou a conclusão de uma captação de US$ 800 milhões, que representa a maior captação de recursos da história da empresa. Essa iniciativa faz parte do processo de reestruturação que teve início durante a pandemia, conforme revelou o presidente da Azul, John Rodgerson, em entrevista realizada nesta quinta-feira.

De acordo com Alexandre Wagner Malfitani, diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores, o processo de captação ocorreu após negociações com os arrendadores, que detêm 80% da dívida original. Em seguida, a empresa buscou a troca de créditos por meio de uma oferta anunciada há aproximadamente um mês. A demanda por essa oferta superou em três vezes a expectativa inicial, levando a Azul a elevar o montante captado de US$ 700 milhões para US$ 800 milhões.

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O pacote de garantias compartilhadas engloba recebíveis gerados pelo programa TudoAzul, pela Azul Viagens e por algumas marcas do grupo. Os títulos têm vencimento previsto para 2028, com cupom trimestral e taxa de juros de 11,93% ao ano. Aqueles que mantiverem os títulos até o final do período terão um retorno de 12,25%. Vale destacar que essa captação não envolve dívidas conversíveis, o que significa que não haverá diluição dos acionistas.

Malfitani ressaltou que, com a captação, a Azul está mais próxima de alcançar sua meta de fechar o ano com uma alavancagem de 3,5 vezes, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda. No final do primeiro trimestre deste ano, esse indicador estava em 5,2 vezes. O presidente da Azul, John Rodgerson, enfatizou que a demanda por voos está bastante forte e que os recursos captados serão fundamentais para melhorar a gestão do negócio. Além disso, Rodgerson mencionou planos anteriormente adiados por falta de recursos, como a possibilidade de estabelecer um hangar em Minas Gerais.

A aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados também foi mencionada pelo CEO da Azul. A medida, que agora será avaliada pelos senadores, trouxe polêmica ao incluir apenas a aviação regional como parte do grupo que pagará uma alíquota reduzida. Essa decisão gerou divergências entre a Azul e a Gol e Latam, representadas pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A Azul tende a ser beneficiada por conta de sua subsidiária de aviação regional, a Azul Conecta. John Rodgerson destacou a importância da aviação regional para o país, mencionando o aumento da operação em aeroportos como Viracopos, em Campinas, e a relevância do acesso aéreo em regiões do Norte e Nordeste do Brasil.

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Com a conclusão dessa captação, a Azul fortalece sua estrutura financeira e cria oportunidades para investimentos e crescimento. A empresa espera receber seis novas aeronaves Embraer E2 ainda este ano, o que impulsionará sua expansão. A injeção de recursos e a melhora na saúde financeira da companhia são fatores positivos que contribuirão para a administração eficiente do negócio e para a retomada do crescimento após um período desafiador marcado pela pandemia.

Em resumo, a Azul concluiu uma captação de US$ 800 milhões, a maior de sua história, fortalecendo sua posição financeira. A empresa agora está mais próxima de atingir suas metas de alavancagem e encontra-se preparada para aproveitar oportunidades de crescimento em um mercado aéreo em recuperação.


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