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As ações da Oi alegraram o coração e o bolso dos investidores arrojados que estão apostando no retorno de u dos grandes nomes da telefonia brasileira aos destaques positivos da bolsa de valores brasileira. Após uma longa e duradoura era de desvalorização, a ação da companhia figurou entre as maiores altas da B3, com uma valorização superior a 30% em relação ao seu valor de abertura.
As ações reinaram no “apagar das luzes” do pregão de hoje, valorizando R$ 0,20 em relação ao início da negociação do pregão. A aposta da nova Oi já vem causando especulações na bolsa desde a abertura de seu processo de recuperação judicial em 2016. O processo até mesmo pode ser uma das explicações para a movimentação que impressionou o mercado nesta quarta-feira.
Afinal, a Oi apresentou nesta terça-feira sua mais recente versão do plano de recuperação judicial, como resultado de extensas negociações com seus credores, que envolvem uma dívida acumulada em cerca de R$ 45 bilhões. Essa nova versão do plano, que ainda está sujeita a ajustes devido às negociações em curso, visa promover uma significativa redução na dívida financeira da empresa, além de uma diluição expressiva dos atuais acionistas.
Com a proposta apresentada, a Oi projeta uma redução de até 75% em sua dívida financeira, dependendo da adesão dos credores e da venda de ativos, como a carteira de clientes da banda larga e a participação na V.tal. Além disso, está prevista uma diluição de 80% dos atuais acionistas da companhia.
Entre os principais aspectos contemplados no novo plano estão:
- Alterações nos termos e condições de pagamento dos credores: A proposta inclui mudanças nos prazos, encargos e formas de pagamento, visando equalizar o passivo financeiro da empresa, tanto para créditos concursais quanto extraconcursais.
- Captação de dívida extraconcursal: Está prevista a captação de um empréstimo superprioritário de até US$ 650 milhões (R$ 3,2 bilhões), sendo que a empresa ainda negocia um compromisso firme para esse montante.
- Alienação de ativos: A Oi considera a venda de ativos, incluindo a realização de processos competitivos para unidades de clientes e a fatia da empresa na V.tal, com um preço mínimo estabelecido em R$ 15,3 bilhões.
- Possível aumento de capital: O plano também contempla a possibilidade de aumento de capital por meio de subscrição pública ou privada, ou contratação de novas linhas de crédito.
- Reestruturação dos créditos de fornecedores: Os créditos de fornecedores, especialmente os contratos Take or Pay, serão reestruturados de acordo com as negociações em andamento, particularmente com empresas de torres e satélites.
Rodrigo Abreu, conselheiro da Oi, destacou que as negociações estão concentradas nos bondholders, detentores de títulos de ECAs, bancos nacionais e fornecedores de contratos Take or Pay. Ele ressaltou a importância de alcançar a sustentabilidade da Oi para esses credores.
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A nova versão do plano será submetida à votação em Assembleia Geral de Credores, prevista para o início de março, e posteriormente à homologação pelo Juízo da Recuperação Judicial. A empresa conta com 165 mil credores.
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