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As Brazilian Depositary Receipts (BDRs) do Nubank (ROXO34) enfrentaram uma queda significativa de 12,31% durante a sessão desta quinta-feira (16), fechando a R$ 6,41. Esse movimento ocorreu na primeira sessão da Bolsa brasileira após a divulgação dos resultados da fintech na noite de terça-feira (14). No dia anterior, as ações da empresa negociadas na Bolsa de Nova York fecharam em baixa de 7,47% e continuaram a cair nesta quinta, encerrando com uma queda mais moderada de 3,92%, a US$ 7,85, ainda abaixo do valor do IPO de US$ 9.
Essa queda nas ações do Nubank surpreendeu muitos, uma vez que a fintech anunciou resultados impressionantes no terceiro trimestre de 2023. O banco registrou um lucro líquido de US$ 303 milhões, um aumento de 39 vezes em relação ao mesmo período do ano passado, considerando os resultados da holding, que abrange as operações no Brasil e no exterior. Além disso, reportou um lucro líquido ajustado de US$ 355,6 milhões, representando um aumento de 463%.
A XP destacou que, pelo terceiro trimestre consecutivo, o Nubank entregou resultados sólidos, superando as expectativas do mercado. A empresa viu suas receitas aumentarem, impulsionadas pelo crescimento da base de clientes, taxa de atividade, parcelas remuneradas na carteira de cartão de crédito e pela Margem Financeira Líquida (NIM). Em relação aos custos e despesas, mesmo com um ligeiro aumento na inadimplência (NPL), o custo de financiamento permaneceu estável, o que resultou em outro trimestre de Custo Médio Mensal de Servir por Cliente Ativo (CTSAC) praticamente inalterado.
No entanto, apesar desses resultados fortes, algumas instituições financeiras mantiveram recomendações neutras para as BDRs do Nubank. A XP reiterou sua recomendação neutra, com um preço-alvo de R$ 5,90 para as BDRs da empresa. Os analistas da XP observaram que o Nubank está sendo negociado a múltiplos de preço sobre valor patrimonial (P/VP) de 5,4 vezes e preço sobre lucro (P/L) de 28,2 vezes esperado para 2024, refletindo uma parte significativa do crescimento futuro.
O BTG Pactual também manteve sua recomendação neutra para as BDRs do Nubank, com um preço-alvo de R$ 4,40. Os analistas do BTG expressaram admiração pela empresa, mas destacaram que o atual preço das ações pode não refletir adequadamente o grande lucro que o Nubank precisaria alcançar para justificar retornos atraentes para os investidores a curto e médio prazo, dada a avaliação atual de mercado de US$ 42 bilhões.
O Bank of America, embora tenha elogiado o desempenho da fintech, também manteve sua recomendação neutra após a divulgação dos resultados. Eles reconheceram que o lucro líquido do Nubank no terceiro trimestre superou as expectativas e observaram que a empresa continua a crescer a um ritmo saudável. No entanto, eles expressaram preocupação com o potencial limitado de alta das ações.
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Em contraste, o Itaú BBA permaneceu com uma recomendação outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra), elevando seu preço-alvo para 2024 para US$ 10 nas ações do Nubank negociadas na NYSE. Eles enfatizaram que o aumento do lucro líquido e o ROE aprimorado demonstram a capacidade da empresa de monetizar clientes e aproveitar oportunidades operacionais. O Itaú BBA acredita que o Nubank é uma escolha promissora para o médio e longo prazo, especialmente em um cenário de ciclo de crédito mais favorável em 2024.
Em resumo, as ações do Nubank enfrentaram uma queda acentuada na Bolsa brasileira, apesar de apresentarem resultados trimestrais impressionantes. A reação do mercado destaca a complexidade das expectativas dos investidores e a avaliação atual das ações em relação ao seu potencial de crescimento futuro. A empresa continua sendo um jogador importante no setor financeiro, e os investidores estarão atentos aos desenvolvimentos futuros à medida que a fintech busca sustentar seu desempenho e expandir suas operações.
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