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Argentina aumentará a taxa de juros e intervirá no mercado cambial para combater a inflação descontrolada.
Cinco meses antes das eleições presidenciais, o governo argentino anunciará um conjunto de medidas de emergência para conter a queda do valor do peso e a inflação descontrolada.
Entre essas medidas está um aumento de 6 pontos percentuais na taxa básica de juros, elevando-a para 97% ao ano. O governo também intervirá no mercado cambial na tentativa de estabilizar a moeda.
A crise econômica coincide com uma corrida eleitoral incerta, após a desistência dos principais líderes das duas principais coalizões, incluindo o atual presidente, Alberto Fernández.
Medidas emergenciais buscam estabilizar economia argentina antes das eleições presidenciais
Com as eleições presidenciais se aproximando, o governo argentino se prepara para lançar um conjunto de medidas de emergência na tentativa de controlar a inflação e evitar perdas cambiais adicionais.
A taxa básica de juros será elevada em 600 pontos-base, chegando a 97% ao ano. Ao mesmo tempo, o governo aumentará a intervenção no mercado cambial.
O peso argentino perdeu 35% de seu valor em relação ao dólar neste ano, uma queda que as autoridades estão empenhadas em conter.
Além disso, o governo busca apoio internacional para suas minguantes reservas internacionais, acelerando acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os governos de China e Brasil.
A situação econômica complicada tem impacto direto na corrida eleitoral. Com os líderes das duas principais coalizões fora da disputa, a eleição está em aberto.
A crise impulsionou a candidatura de Javier Milei, que propõe substituir o peso pelo dólar como moeda nacional para combater a inflação.
Apesar das solicitações do FMI para que a Argentina aumente as taxas de juros, a instituição desencoraja a intervenção nos mercados de câmbio por meio do uso das reservas do país.
Com as reservas líquidas do Banco Central da Argentina em declínio, os compromissos superam o caixa disponível.
As novas medidas surgem após os dados de inflação de abril revelarem que os preços ao consumidor subiram 108,8% em relação ao ano anterior, o ritmo mais rápido desde 1991.
A decisão de elevar as taxas já havia sido tomada no final de abril, quando foram aumentadas em 10 pontos percentuais.
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