
- Trump ameaçou diretamente o líder supremo do Irã, exigindo rendição e afirmando ter controle aéreo total.
- Tensão entre Irã e Israel cresceu após ataques mútuos, com risco de guerra regional.
- Críticas a Macron e silêncio oficial dos EUA aumentam incerteza sobre os próximos passos diplomáticos ou militares.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), fez ameaças diretas ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, nesta terça-feira (17). Em postagens na rede social Truth Social, Trump afirmou que os EUA têm controle total do espaço aéreo iraniano e sabem exatamente onde Khamenei está. Ele exigiu rendição incondicional e alertou que “a paciência está se esgotando”.
Ataques entre Irã e Israel elevam tensão global
Desde a semana passada, o Oriente Médio voltou ao centro das preocupações internacionais. A escalada começou na quinta-feira (12), quando Israel atacou instalações nucleares iranianas. A retaliação veio rapidamente: na madrugada de sexta-feira (13), o Irã lançou cerca de 200 mísseis contra alvos israelenses, numa das ofensivas mais intensas da história recente.
Diante desse cenário, Trump decidiu se posicionar publicamente. O presidente norte-americano afirmou que os EUA acompanham de perto os movimentos iranianos. Segundo ele, o país possui total domínio do espaço aéreo sobre o Irã, o que reforça a capacidade de reação militar imediata.
A relação entre Washington e Teerã, que já era tensa, agravou-se após os ataques. A presença de forças norte-americanas na região tem aumentado, embora o governo ainda não tenha confirmado mobilizações adicionais.
Ameaça direta a Khamenei expõe estratégia agressiva
Em uma das mensagens mais contundentes, Trump declarou: “Sabemos exatamente onde o chamado ‘Líder Supremo’ está se escondendo. Ele é um alvo fácil. Não o eliminamos — pelo menos não por enquanto”. Com isso, deixou clara a disposição dos EUA em agir, embora tenha ressaltado que preferem evitar ataques a civis ou militares americanos.
Além disso, o presidente reforçou que a inteligência norte-americana continua monitorando a liderança iraniana. A retórica adotada sugere que operações militares preventivas estão sendo consideradas, caso o Irã mantenha a postura ofensiva.
Essa estratégia agressiva já era esperada por analistas de segurança. Ainda assim, a clareza das ameaças surpreendeu diplomatas europeus, que defendem uma solução por meio da diplomacia, especialmente no contexto do G7.
Macron vira alvo de críticas de Trump
Ainda nesta terça-feira, Trump voltou a atacar o presidente francês, Emmanuel Macron. Ele o chamou de “perseguidor de publicidade” e acusou o líder europeu de sempre errar em suas avaliações. O estopim para as críticas foi uma declaração de Macron, durante o G7, em que mencionou uma possível oferta americana para cessar-fogo entre Israel e Irã.
Trump negou qualquer acordo ou proposta nesse sentido. Para ele, Macron agiu de forma precipitada ao divulgar informações sem confirmação oficial. O episódio evidencia o isolamento diplomático dos EUA nas negociações multilaterais, além de desgastar ainda mais a relação entre os dois presidentes.
Apesar do tom beligerante, até o momento a Casa Branca não se pronunciou oficialmente sobre as postagens. Tampouco houve resposta pública por parte de Khamenei ou das autoridades iranianas.
Cresce temor por nova guerra no Oriente Médio
A combinação entre retórica agressiva e ações militares levanta alertas. Organizações internacionais e líderes mundiais manifestaram preocupação com o risco de uma guerra regional. O Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião extraordinária para discutir os ataques recentes e a posição dos EUA.
Especialistas avaliam que, embora Trump costume adotar discursos fortes em redes sociais, desta vez as declarações podem refletir intenções reais de uso da força. A mobilização aérea e a vigilância sobre o Irã indicam um estágio mais avançado de planejamento militar.
Enquanto isso, civis iranianos e israelenses enfrentam dias de apreensão. Relatos de deslocamentos forçados e pânico populacional aumentam. O temor é que novos ataques comprometam a estabilidade de toda a região.