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Relatório Cripto: Lei Cripto no Brasil; FTX vai liberar saques? Exchanges terão que divulgar dados de usuários; Solana perde 95% de seu valor e mais

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Veja nosso relatório cripto com as principais notícias da semana, os destaques e tudo o que rolou no universo cripto durante os últimos dias.

Essa semana tivemos a aprovação do projeto de lei das criptomoedas no Brasil, promessas que a FTX irá voltar com os saques de clientes e a revelação da empresa que irá realizar a auditoria das provas de reservas da Binance.

Também ficamos sabendo que o “Faraó dos Bitcoins” está tentando reaver dinheiro doado à Igreja Universal e que a criptomoeda Solana está por chegar no fim do poço, ou quase lá.

Abaixo veja quais foram os principais destaques da semana e logo depois as demais notícias do mercado cripto.

camara dos deputados federais

Deputados aprovam Projeto de Lei de criptomoedas no Brasil

Os destaques da semana não poderia iniciar com outra notícia que não seja a aprovação do PL 4401/21 (antigo PL 2303/15), que estabelece as primeiras leis para a criptomoeda no Brasil.

O PL proposto pelo Deputado Federal, Aureo Ribeiro (SD-RJ) foi aprovado na terça, 29 de novembro de 2022.

No dia, o Deputado Federal Expedito Netto, afirmou que “hoje foi votado uma matéria histórica não só para nosso país, mas para o mundo” afirmando que o Brasil se colocou a frente do mundo ao debater este tema.

“Gostaria de parabenizar meu amigo Aureo Ribeiro que foi o proponente deste projeto”

Destacou

Netto ainda afirmou que tanto o atual presidente da república, Bolsonaro, como o próximo presidente, Lula, têm dado apoio a aprovação do projeto.

Agora, o PL aguardará a sanção presidencial.

FTX Sam Bankman-Fried

FTX vai liberar os saques “em breve” diz SBF

Na quarta (30), o fundador e ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), participou de forma remota do New York Times Dealbrook Summit e de acordo com ele, os problemas na FTX decorreram de um “erro contábil” na plataforma, não por intenção de fraude.

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Ele afirmou ainda que a exchange falida deve liberar os saques dos clientes “em breve”.

“Nunca tentei cometer fraude com ninguém. Fiquei chocado com o que aconteceu este mês”

Afirmou o ex-CEO.

Ainda segundo SBF, a Alameda Research, irmã da FTX, tinha mais alavancagem do que ele imaginava e que a empresa se excedeu no uso do tokens FTT como garantia.

Empresa de auditoria que serviu a Donald Trump irá auditar provas de reservas da Binance

Focada em mostrar ao mundo suas garantias de reservas, a Binance contratou a empresa de contabilidade Mazars para realizar uma auditoria de sua prova de reservas (PoR).

A medida é tomada claramente devido ao colapso da FTX e tem como objetivo trazer mais transparência ao mercado, mostrando a todos os usuários que a maior exchange do mundo tem o dinheiro de seus clientes muito bem guardado.

Para isso, a empresa contratou a Mazars, que prestava serviços para a empresa do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.

Ela foi nomeada para auditar oficialmente e conduzir a “verificação financeira de terceiros” como parte das atualizações da PoR da Binance, informou o The Wall Street Journal em 30 de novembro.

Segundo um porta-voz da Binance, a empresa já estaria revisando todas as informações compartilhadas publicamente pela exchange em sua prova de reservas de Bitcoin.

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Binance, Coinbase e mais 4 exchanges terão que divulgar dados de usuários a autoridades

Segundo o Financial Times reportou no dia 30, seis exchanges de criptomoedas – entre elas as maiores do mundo Binance e Coinbase – terão que divulgar dados de seus usuários para autoridades do Reino Unido.

O objetivo é colaborar com investigações que estão tentando rastrear US$ 10,7 milhões (mais de R$ 56,7 milhões) em fundos roubados de uma exchange.

Nos dados que serão divulgados estariam inclusos os nomes, contas bancárias e detalhes de cartões.

As corretoras Binance, Coinbase, e mais outras 4 vão ter que colaborar com a investigação em curso desde 2020.

“Faraó dos Bitcoins” tenta recuperar na Justiça R$ 72 milhões doados à Igreja Universal

Glaidson dos Santos conhecido como o “Faraó dos Bitcoins” entrou com uma ação na Justiça do Rio em setembro deste ano para tentar reaver R$ 72,3 milhões doados à Igreja Universal do Reino de Deus, informa reportagem publicada pelo UOL.

As doações foram feitas pelo próprio Glaidson dos Santos, como pessoa física, e pela GAS Consultoria, nos valores de R$ 12,8 milhões e 59,4 milhões, respectivamente.

Glaidson dos Santos foi preso sob a acusação de ser o comandante de um esquema de pirâmide financeira baseado em investimentos em criptomoedas, e agora, ele teria se sentido injustiçado pelos questionamentos de bispos da igreja sobre a origem ilícita dos recursos.

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Assim, por “ingratidão”, Santos está exigindo a devolução do dinheiro doado em 2020 e 2021. Ele alega que, por gratidão, passou a fazer doações à instituição após alcançar o “sucesso profissional”.

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O fundo do poço da Solana (SOL) que perdeu 95% de seu valor de mercado em um ano

A criptomoeda Solana já perdeu 95% do seu valor de mercado. Queda influenciada principalmente pelo colapso da FTX.

A Solana sempre teve a reputação de ser um blockchain mais centralizado, graças ao seu forte financiamento de capital de risco (VC) e entre seus diversos investidores, estava a Alameda Research de Sam Bankman-Fried (SBF).

E como a maioria das empresas envolvidas direta ou indiretamente com a FTX, SBF e a Alameda, a Solana também foi muito afetada pelo queda das empresas.

Calcula-se que a participação da Alameda na oferta circulante da SOL da Solana é de 13,4%. O que representa uma enorme pressão de venda, esperando para acontecer.

Quando o império de SBF desmoronou, diversos produtos associados a ele também despencaram. O Token FTT, por exemplo, que é o token próprio da falida exchange FTX, já contabiliza 97% de prejuízo. Os 95% de queda da Solana (SOL) é só mais um produto no mercado cripto que sofreu e ainda sofre que esse caos.

Procurador-geral da República cria grupo para investigar regulação das criptomoedas

O Procurador-geral da República, Augusto Aras, autorizou essa semana a criação de um grupo para investigar a regulação das operações com criptomoedas em território nacional.

Além de procurador, Aras é presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Assim, ele tem autorização para criar grupos que sejam de interesse do MP.

Além disso, os membros escolhidos devem permanecer por um ano a frente dos estudos, mas não devem ter prejuízo de seus cargos de origem.

O grupo deverá investigar a regulação das operações envolvendo criptomoedas e deverá atuar junto à Comissão de Defesa da Probidade Administrativa (CPDA). 

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Globo anuncia a compra da criptomoeda MCO2 da Moss

Em parceria com a GOL Linhas Aéreas, a Rede Globo, anunciou essa semana a compra da criptomoeda MCO2, da MOSS com o objetivo de neutralizar as emissões de CO2 em viagens corporativas indispensáveis.

A iniciativa também é viabilizada a partir da união da Globo e da Gol com a Moss.

Desde setembro, todas as viagens de colaboradores da rede de TV, passaram a ser compensadas pela venda de créditos de carbono aplicados na preservação e reflorestamento de florestas nativas e em projetos de agricultura regenerativa na Floresta Amazônico.

Luis Felipe Adaime, fundador e CEO da Moss, afirmou que:

“A partir de agora, a Globo e a GOL se tornam os nossos aliados na preservação do meio ambiente. Juntos, estamos trabalhando em ações efetivas no combate ao desmatamento na Amazônia, e, ao mesmo tempo, no desenvolvimento sustentável da região”

BlackRock investiu R$ 125 milhões na FTX antes do colapso

A BlackRock, empresa de investimentos multinacional dos Estados Unidos considerada a maior gestora de ativos no mundo, com US$ 10 trilhões em ativos sob gestão, revelou por meio de seu presidente-executivo, Larry Fink, que investiu US$ 24 milhões na falida exchange FTX, de Sam Bankman-Fried (SBF), ou seja, cerca de R$ 125 milhões na cotação atual em reais.

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O investimento foi feito, segundo Fink, por meio de um fundo bilionário que a gestora administra.

No evento DealBook, Fink afirmou que a Blackrock confiou na due diligence feita por outra gigante de Venture Capital, a Sequoia.

A Sequoia é conhecida por financiar gigantes da tecnologia, como Facebook, Spotify e Nubank e a própria empresa havia investido US$ 230 milhões na FTX.

“Teremos que esperar para ver como tudo isso se desenrola”, disse Fink, segundo a Reuters sobre a colapso da FTX.

BlockFi declara falência; colapso da FTX seria o motivo

Infelizmente não deu para a BlockFi, que anunciou seu pedido de falência ainda na segunda-feira (28).

O pedido, realizado no Tribunal de Falências dos Estados Unidos em Nova Jersey, refere-se à empresa e suas oito subsidiárias.

Além disso, não foi apenas a unidade americana que realizou o pedido, mas sim toda a empresa global. O pedido da BlockFi International foi feito no Supremo Tribunal das Bermudas, de acordo com o comunicado.

O movimento ocorre após vários dias de especulação sobre a saúde financeira da empresa após o colapso da FTX.

A BlockFi havia suspendido as retiradas de clientes desde 11 de novembro.

“Desde a pausa, nossa equipe explorou todas as opções estratégicas e alternativas disponíveis para nós e permaneceu focada em nosso objetivo principal de fazer o melhor que pudermos para nossos clientes”.

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