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Taxa Selic: o impacto da redução para o consumidor final levam de seis a nove meses

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Em decisão nesta última quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou os juros do país em 0,5 ponto percentual. Com isso, a Selic caiu de 13,25% para 12,75%, na segunda queda consecutiva dos juros, chegando ao menor patamar desde maio de 2022.

Apesar do reajuste, o Brasil ainda está entre os líderes da lista de países com as maiores taxas de juros. Este indicador é calculado a partir do abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses. Agora, o país se encontra na 2ª colocação, perdendo unicamente para o México no ranking que compara as taxas das 40 maiores economias. 

No cenário de investimentos, o impacto da redução é a longo prazo. De acordo com a estimativa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), vai ocorrer uma pequena queda nas principais modalidades de crédito usadas pelo consumidor brasileiro. Para Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios: 

“Os primeiros efeitos da queda da Selic levam de seis a nove meses para serem sentidos tanto pela população, como para o mercado”. 

De forma prática para o brasileiro real, na compra de uma geladeira de R$1,5 mil em 12 parcelas, o consumidor iria pagar no final R$2.090,85 e com a queda vai pagar R$2.086,20, uma redução de apenas R$4,65. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$11,31 a menos por parcela, totalizando uma queda de R$678,30 no total da operação.

Na utilização de R$3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente pagará R$ 1,20 a menos. No uso do cheque especial em R$1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a menos. Já em um empréstimo no banco de R$5 mil em 12 meses sairá de R$6.426,56 para R$6.411,69, uma queda de apenas R$14,87. 

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O especialista explica que a taxa Selic não é a mesma cobrada no crédito no dia a dia dos consumidores, uma vez que para o cliente, há diversas outras taxas a serem adquiridas, as quais envolvem outros riscos e o próprio lucro da instituição. 

“Para o consumidor final, portanto, não propõe alívio significativo e o crédito continua caro. O recomendado é que, ao realizar compras, os parcelamentos e financiamentos não sejam a longo prazo”, destaca

Lamounier ressalta que a mudança no cenário macroeconômico brasileiro foi comedido e não acarretou em grandes impactos positivos para a população. 


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