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Com Selic a 11,75%, aumenta renda fixa nas carteiras

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou ontem a elevação da taxa básica de juros, a Selic, para 11,75% ao ano.

O aumento de um ponto percentual é o nono consecutivo e coloca a Selic em seu maior patamar desde abril de 2017, quando estava em 12,25%.

Essa sequência de altas tem como finalidade combater a inflação, mas qual é seu efeito imediato sobre os investimentos?

Especialistas do mercado financeiro afirmam que o cenário atual torna os ativos de renda fixa bem mais atrativos. Ao mesmo tempo, ações de determinados setores negociadas na Bolsa tendem a sofrer queda por conta dos efeitos que o aumento dos juros básicos gera na economia.

O CEO do App Renda Fixa, Francis Wagner, avalia que investir em renda fixa passou a ser um bom negócio, sobretudo em ativos atrelados ao IPCA ou ao CDI.

A justificativa, segundo o especialista, é que o cenário econômico brasileiro ainda não mostra sinais de melhora. O mercado espera novas altas e dificilmente o Copom iniciará um movimento de baixa até o final do ano.

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Outra questão levantada por Wagner, é que independentemente do perfil do investidor — conservador, moderado ou arrojado — é sempre importante ter ativos de renda fixa no portfólio, pois ela é a parte defensiva da carteira.

O que pode variar entre cada perfil são os percentuais alocados em cada um. “Considerando um perfil conservador, pode ser interessante investir uns 90% em renda fixa, sobretudo em ativos protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), como CDBs, LCIs e LCAs. Os outros 10% poderiam ser investidos em ações. Para um perfil mais moderado, pode ser mais interessante investir entre 70% e 80% em renda fixa e o restante em ações. Já para o arrojado, alocar 60% em renda fixa e 40% em renda variável é uma alternativa viável”, aconselha.

Segundo Wagner, os produtos de renda fixa mais vantajosos no curto prazo, considerando o cenário atual, são os títulos inflacionários, ou seja, aqueles indexados ao IPCA ou IGPM, por exemplo.

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Atualmente é possível encontrar títulos como o CDB pagando IPCA+7% para um prazo de um ano, o que significa 7% de juros reais. Outra possibilidade de curto prazo e que funciona muito bem para o médio prazo, tendo em vista o movimento de alta da taxa básica de juros são os títulos indexados ao CDI.

É possível encontrar uma vasta gama desse tipo de ativo no mercado pagando entre 100% do CDI e 128% a depender do prazo de vencimento.

Já no longo prazo, considerando investimentos com prazos acima de 5 anos, a diversificação de ativos acaba sendo mais adequada. Nesse caso, é importante conciliar uma cesta de investimentos compostos por ativos de diferentes prazos de vencimento, diferentes índices de remuneração e diferentes classes de ativos. Um exemplo seria montar uma carteira composta por renda fixa, ações e alguns fundos imobiliários, sempre alinhados ao perfil de risco de cada investidor”, explica o CEO do App Renda Fixa.

Varejo e Construção Civil

Fabrício Gonçalvez, sócio-fundador da gestora de fundos Box Asset, não tem dúvida de que a alta dos juros básicos favorece os investimentos de renda fixa.

Eles ficam mais atrativos por pagarem prêmios (retornos) melhores. Gonçalvez cita como exemplos de boas rentabilidades os CDBs e também letras do tesouro, sejam pré ou pós-fixados.

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No entanto, quando o assunto é renda variável, ações de empresas do setor de varejo como Magazine Luiza, Via Varejo ou Renner, e também do ramo de construção civil, como Cyrella, MRV, entre outras, serão seriamente afetadas por essa nova alta da Selic.

O varejo, que é um segmento de consumo, sofrerá o impacto da decisão dos consumidores de cortarem a compra de produtos considerados supérfluos ou não tão necessários para o momento. Depois vem o setor a construção civil, que é um ramo que toma muitos empréstimos. Então, as construtoras passarão a tomar crédito mais caro”, avalia.

O especialista da Box Asset reforça que pode haver depreciação do Ibovespa, devido ao peso que o varejo tem na composição do índice.

Mas nem todos os papéis negociados em Bolsa vão sofrer com a decisão do Copom. Gonzalez explica que há setores cujas empresas obtém bons resultados em momentos de adversidade e alta inflacionária como o que vivemos. Ações de companhias do setor de commodities como Petrobras e Vale, são exemplos.

Bancos também porque eles conseguem repassar a seus clientes finais todas essas taxas, assim como concessionárias de energia elétrica ou de rodovias, que conseguem, da mesma forma que as instituições financeiras, repassar aos consumidores o custo adicional gerado pela alta da inflação e dos juros”.

Movimento inverso

O analista de investimentos da Top Gain, Sidney Lima, em concordância com os especialistas da Box Asset e do App Renda Fixa, prevê um movimento inverso ao que vinha acontecendo até meados de 2021 no mercado financeiro.

Entre agosto de 2020 e fevereiro do ano passado, a Selic se encontrava em 2% ao ano, o menor de sua história. Isso fez muita gente migrar da poupança, CDBs e outros títulos de renda fixa para a renda variável. Movimento este que especialistas acreditavam ser irreversível e parte de uma forte mudança na cultura de investimentos do brasileiro.

Mas a crise econômica e sanitária associada à alta da inflação mudou essa trajetória. “Com a renda fixa mais rentável, vários investidores se sentem tendenciosos à migrar uma maior parcela de seus recursos para esse tipo de investimento, considerando a relação risco x retorno que começa e beneficiar a renda fixa”, comenta.

A decisão de aumentar a taxa de juros como forma de combater a inflação não é exclusividade do Banco Central brasileiro. O FED (Federal Reserve), dos Estados Unidos, também vem adotando a mesma estratégia, obviamente que a patamares bem menores. Até o final do ano, estima-se que os juros básicos na maior economia do mundo cheguem a 1,87% até o final do ano.

Jerome Powell, responsável pelo FED, tem demonstrado bastante preocupação com a escalada de preços por lá. Especialmente por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia que tem afetado diretamente as cotações do barril de petróleo, de alimentos e de commodities”, explica o analista da Top Gain.

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