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Ibovespa fecha com queda de 0,74% em meio a aversão ao risco global; Locaweb se destaca com maior alta.
O Ibovespa seguiu a tendência global de aversão ao risco e encerrou a sessão desta terça-feira com uma queda de 0,74%, atingindo os 131.446,59 pontos. O volume financeiro negociado alcançou R$ 18,5 bilhões. No cenário doméstico, os investidores estiveram atentos às discussões em torno da Medida Provisória da reoneração.
Entre os destaques do dia, as ações da Locaweb (LWSA3) registraram uma alta de 5,52%, fechando a R$ 6,12, impulsionadas por um relatório do BTG que prevê resultados sólidos para o quarto trimestre de 2023. Enquanto isso, a RRRP3 teve um ganho de 4,20% (R$ 28,52), impulsionada pela recuperação dos preços do petróleo. Por outro lado, as ações da Petrobras (PETR3) caíram 0,55%, chegando a R$ 39,42, e as ações preferenciais (PETR4) tiveram uma queda de 0,86% (R$ 38,10), influenciadas pelo baixo fluxo de capital.
Destacou-se também entre as maiores altas a TRPL4, com um aumento de 2,57%, alcançando R$ 26,74. O setor financeiro foi impactado pelo rebaixamento das ações do Bradesco para venda pelo Goldman Sachs, afetando todo o setor bancário. BBDC4 caiu 2,69% (R$ 16,30) e BBDC3 cedeu 2,65% (R$ 14,70). O mercado ainda viu SANB11 desvalorizar 2,91%, a R$ 30,99, e BBAS3 recuar 1,50% (R$ 54,52). Por outro lado, ITUB4 teve uma baixa menos intensa, fechando com -0,06%, a R$ 33,32. Enquanto isso, VALE3 perdeu 1,27% (R$ 73,33) acompanhando a terceira queda consecutiva no preço do minério de ferro.
No campo negativo, as siderúrgicas foram as mais afetadas, com GGBR4 (-5,22%; R$ 22,14), GOAU4 (-4,58%; R$ 10,20) e CSNA3 (-4,47%; R$ 18,39) figurando entre as maiores perdas do dia.
Mercado financeiro fica cauteloso com perspectiva do Fed e incertezas sobre a MP da reoneração no Brasil
O mercado financeiro teve um dia de cautela e volatilidade, com o dólar à vista registrando ganhos em relação ao real. Isso ocorreu em meio à recuperação do dólar americano em relação a outras moedas internacionais, levando o mercado a adotar uma postura mais conservadora. Uma das principais razões para a cautela foi a declaração da diretora do Federal Reserve, Michelle Bowman, que sugeriu que a política monetária atual já é restritiva o suficiente para controlar a inflação.
No entanto, ela também destacou a disposição do Fed em elevar as taxas de juros novamente se a inflação continuar a pressionar. Essas declarações aumentaram a incerteza em relação ao futuro das taxas de juros nos Estados Unidos, o que afetou os mercados globais.
Além disso, no cenário doméstico, o impasse em torno da Medida Provisória da reoneração da folha de pagamento também pesou sobre os negócios. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou que vai conversar com o ministro Fernando Haddad antes de decidir se a MP será devolvida ou não.
Uma das opções discutidas é a substituição da MP por um projeto de lei, o que daria ao Congresso maior autonomia para regulamentar a questão. Essa incerteza em relação à política econômica brasileira também influenciou o comportamento do dólar.
No fechamento, o dólar à vista subiu 0,74%, encerrando o dia a R$ 4,9061, após oscilar entre R$ 4,8769 e R$ 4,9091. Enquanto isso, o dólar futuro para fevereiro teve um aumento de 0,69%, atingindo R$ 4,9180. No mercado internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas, avançou 0,39%, alcançando 102,608 pontos.
O euro recuou 0,21%, chegando a US$ 1,0927, e a libra esterlina perdeu 0,35%, ficando em US$ 1,2702. Os investidores agora aguardam ansiosamente os novos dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) americano, que serão divulgados na quinta-feira, em busca de pistas sobre a política monetária do Fed.
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