Nucoin: Saiba tudo sobre a Criptomoeda do Nubank

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Nucoin, o que é? Descubra tudo sobre o que é e como funciona esse novo ativo que será lançado pelo Banco NuBank no Brasil.

• O Nubank informou que o Nucoin vai funcionar como base para criação de um programa de recompensas.
• O objetivo é permitir que os seus clientes tenham descontos e benefícios ao acumular a criptomoeda.
• A fintech não deu detalhes sobre como os Nucoins serão distribuídos.
• O anúncio da criptomoeda própria surgiu após o banco atingir 1 milhão de clientes de criptomoedas e cerca de um mês após fechar o capital no Brasil.
• Segundo o banco, o objetivo é “ajudar a democratizar as novas tecnologias”.
• A fintech informou que a previsão é de que a moeda digital seja lançada no primeiro semestre de 2023.

Não é algo muito incomum ver o Nubank entre os assuntos mais comentados no Twitter.

Nos últimos tempos, seja para bom ou para ruim, a fintech vem ganhando destaque sempre nos holofotes e nos assuntos mais comentados.

A poco tempo atrás, o banco digital, que é hoje um dos maiores do Brasil, ganhou destaque novamente depois de anunciou o lançamento do chamado Nucoin, sua própria criptomoeda.

De acordo com o Nubank, o ativo está em fase de desenvolvimento e os clientes farão parte desta criação.

Vamos entender nesse artigo tudo o que se sabe sobre essa nova “criptomoeda”, como ela funcionará e o que o banco pretende com o lançamento desse novo ativo digital.

Nucoin: tudo sobre a Criptomoeda do Nubank

Apesar do crescimento expressivo nos últimos anos, as criptomoedas ainda não fazem parte do dia a dia de muitas pessoas em todo o mundo.

Em linhas gerais, as criptomoedas são meios de pagamento peer-to-peer, ou seja, de pessoa para pessoa, sem necessariamente ter que passar por uma instituição financeira tradicional.

As criptomoedas estão se generalizando, crescendo aos poucos e apesar da pouca adesão em comparação a outros meios, elas vêm vencendo a resistência que sempre enfrentam.

O sistema financeiro tradicional, por exemplo, sempre desprezou e tentou rebaixar as moedas digitais, mas a verdade é que o Bitcoin (BTC) e outras cripto são usadas em cada vez mais áreas de atividade.

Apesar de não ser tão tradicional, o Nubank vem conquistando seu espaço no mercado. Principalmente na área digital.

A empresa é uma fintech brasileira fundada em 6 de maio de 2013 por David Vélez, Vagner S.Teves Jr., Edward Wible e Cristina Junqueira que ganhou notoriedade com seu primeiro produto, lançado em 2014: um cartão de crédito roxo (o “roxinho”) sem anuidade, controlado por um aplicativo fácil de usar no smartphone.

Rapidamente, o cartão caiu no gosto do público, em um momento em que o mercado financeiro era muito mais concentrado entre grandes bancos, como Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil.

Nesse tempo, a facilidade de atendimento pelo celular também foi um diferencial, já que na época era seu único meio de atendimento aos clientes, de forma mais direta e rápida – já que e-mail nem sempre dava um suporte rápido.

Com o passar do tempo, o Nubank expandiu suas atividades. A primeira grande novidade, de 2017, foi o lançamento da NuConta, sua conta, que se destacava pelo rendimento automático de 100% do CDI.

Agora, a mais nova novidade que a empresa anunciou foi o Nucoin, sua própria criptomoeda

Anuncio da Nucoin: a criptomoeda do NuBank

O Nubank anunciou a intenção de lançar uma moeda digital própria em uma das principais redes (blockchain) desse universo em outubro.

“Nucoin é a moeda digital própria do Nubank, que será a base para a criação de um programa de recompensas. Ou seja, os clientes que acumularem Nucoins terão benefícios como descontos e outras vantagens”

Disse a empresa em um comunicado.

A princípio, a moeda deve se chamar NuCoin e será lançada no blockchain Polygon, que também emite a criptomoeda com o ticker MATIC.

A escolha desse blockchain não é ao acaso, já que ele permite transações mais rápidas e baratas do que a rede ethereum (ETH) que é mais comum entre as altcoins.

Segundo o banco, o Nucoin é descrito como uma criptomoeda e token ao mesmo tempo.

Isso porque ele “dará direito a vantagens aos clientes que tiverem esse ativo na carteira” como um token, escreveu o Nubank.

Por outro lado, ele também pode ser considerado uma criptomoeda “porque cada Nucoin tem o mesmo valor, não é consumido e não tem nada de validade” afirma o banco.

Entendemos que o bitcoin e até o ethereum são no mercado, as criptomoedas mais conhecidas. Além disso, elas fazem parte das finanças descentralizadas que está ganhando o mundo.

Além disso, essas criptomoedas têm um sistema regulado por uma tecnologia chamada blockchain, com validação de transações entre os usuários.

Mas altcoins ligadas a bancos e a governos como o Real Digital, são criptomoedas?

Ativos emitidos por bancos, sejam autoridades regulatórias ou instituições privadas, não são administrados pelos próprios usuários, pois o poder está concentrado.

Dessa forma, tanto a Central Bank Digital Currency, como o real digital e as chamadas “criptomoedas de fintechs”, como o Nucoin, podem ser classificados como criptoativos, mas não como criptomoedas no sentido mais tradicional.

Elas não fazem parte do movimento de descentralização de finanças (DeFi).

Dessa maneira, podemos entender que uma criptomoeda, em outras palavras, seria uma moeda digital que tem como base do seu código a criptografia. O fato dela ser descentralizada ou não, não necessariamente tira o título de “criptomoeda” do ativo.

Se o fato de um ativo digital não ser totalmente decentralizada retirasse o título de “criptomoeda” desse ativo, alguns investidores mais drásticos, batizariam até mesmo criptomoedas como o Ethereum, como ‘shitcoins’ sem utilidade ou qualquer outra coisa, menos “criptomoeda”.

Isso porque, quando comparado ao Bitcoin, que é a principal criptomoeda do mundo, o Ethereum e muito outros ativos cripto são muito mais centralizados.

Por tanto, de um jeito ou de outro, o Nucoin pode ser sim considerado uma criptomoeda, apesar de ser centralizado e totalmente controlado por uma entidade privada, ele ainda tem como fundamento a criptografia, além disso, ele será criado dentro do blockchain Polygon, uma rede muito conhecida dentro do mercado cripto.

Afinal de contas, qual a utilidade desse ativo da Nubank?

O que a fintech está lançando, na realidade, está mais próximo dos chamados utility tokens, ou tokens de utilidade.

Assim sendo, como o próprio nome já sugere, os utility tokens funcionam como criptoativos armazenados em blockchains públicas que proporcionam benefícios e têm uma utilidade.

Conforme o comunicado divulgado na época, os casos de uso do Nucoin em um primeiro momento ficam limitados aos clientes do banco digital.

O token poderá utilizado pelos clientes para abater taxas de transação ou para acesso a produtos e serviços com custo zero.

Além disso, o Nucoin poderá funcionar como moeda de troca pelos benefícios oferecidos por seu programa de recompensas, a NuRewards, que deverá ser remodelada a partir de estratégias de engajamento típicas da Web3.

Além disso, a criptomoeda vem sendo desenvolvida usando a Polygon Supernets que é uma solução de nível empresarial que ajuda as companhias em sua jornada no ecossistema cripto.

Alguns especialistas no mercado ainda apostam que o Nubank vai tokenizar um programa de recompensa, onde se oferecem benefícios como sala VIP, status, categorias, cashbacks maiores e acúmulo de milhas.

Mas tokenizável, ou seja, uma pessoa pode vender para outra, atingir um certo nível e comercializar isso. Algo intercambiável.

Na visão de Davi Ramos, CEO e sócio-fundador da Vante Invest, é mais prudente olhar a Nucoin e outras criptos de fintechs como aplicações, e não investimentos.

“Olhando o próprio caso do Nubank, a moeda será feita em parceria com a Polygon, uma empresa que já trabalha com uma rede cripto mais madura. A maior cripto que tem a proposta de participar da Web3 é o Ethereum. Mas é importante ter a ciência do altíssimo nível de volatilidade e risco de se investir em um projeto que ainda precisa se provar”

Diz Ramos ao portal Inteligencia Financeira.

Como posso participar do lançamento do Nucoin?

Agora que você já sabe e tem uma ideia de como funcionará o Nucoin, deve ter ficado curioso em saber como é possível participar desse lançamento. Mas calma!

A princípio, o Nubank escolheu apenas 2 mil clientes participantes da NuCommunity – o canal de contato entre o Nubank e seus usuários.

A seleção ocorreu durante os meses de outubro e novembro e a lista será formada com os membros mais engajados da NuCommunity e que mais usam os produtos e serviços do Nubank.

Os convidados participarão ativamente da cocriação da criptomoeda, em uma discussão sem intermediários.

“A ideia é que esses debates e feedbacks ocorram a exemplo do que acontece na web3, justamente para explorar, ao máximo, a descentralização da criação da moeda digital do Nubank”.

Explicou o banco em nota.

Vale a pena comprar Nucoin?

Com as poucas informações disponíveis, fica difícil dizer “sim” ou “não”. O que nos resta é especular.

Do lado positivo, empresas de marketplace e finanças podem explorar o universo das criptomoedas com seus tokens.

Ao invés de reais, o cliente pode usar o NuCoin para pagar a fatura ou comprar um produto são algumas alternativas interessantes.

Além disso, você pode até ganhar alguns descontos e vantagens especiais por usar tais ativos, o que se tornaria algum muito vantajoso a longo prazo.

É verdade que 1% ou 2% de desconto extra por pagar usando um ativo digital pode não parecer grande coisa, mas se você costuma realizar muitas compras, no decorrer do ano, essa pequena porcentagem pode fazer toda a diferença.

No entanto, quem receber o ativo nesse primeiro momento pode ser privilegiado.

Além disso, ainda não é certo se os ativos serão comercializados. O próprio banco afirmou em sua nota que todos receberam os tokens.

“A partir de 2023, todos os clientes receberão Nucoins sem custo. “

Afirma a nota.

Contudo, a explicação e mais detalhes sobre como isso ocorrerá não ficou claro e não foi dado mais informações a respeito, assim sendo, fica difícil saber se vale a pena ou não comprar Nucoins.

Essa moda da tokenização veio para ficar?

O Nubank não foi o único a anunciar uma iniciativa desse tipo. Empresas como Mercado Livre e PicPay, por exemplo, também têm projetos envolvendo suas próprias criptomoedas.

A Mercado Coin é um token de utilidade que opera na rede Etherium, semelhante ao Nucoin.

Já o PicPay anunciou que vai lançar a própria stablecoin neste ano, lastreada em real, com paridade de um para um, e permitirá que o PicPay funcione como forma de pagamento em qualquer lugar que aceite carteiras de cripto.

Então como pode ver, assim como Nubank, Mercado Livre e PicPay, não será dificil de ver outras fintechs lançando seus próprios tokens.

“As fintechs, até pela proposta de pioneirismo tecnológico, perceberam a grande onda que será a Web3″

Afirma Ramos, o CEO da Vante Invest.

Segundo CEO, na Web1, “a premissa era o compartilhamento de informações, como um blog que compartilha dicas de jardinagem, culinária ou educação financeira. Na Web2, a revolução se deu pelo conteúdo gerado pelo usuário, como é o caso do Instagram ou do YouTube.”

Agora, na Web3 “será um modelo de internet descentralizado onde não haverá uma entidade dona daquela rede”.

Assim, em sua visão, o mundo cripto será protagonista nesse movimento e as empresas antenadas nessas inovações estão dando os primeiros passos para chegar primeiro nesse novo ecossistema.

“A tendência é ter mais e mais empresas com projetos voltados a blockchain e Web3”, afirma.

Quais as vantagens da criptomoeda?

E porquê uma moeda digital? Para tornar os pagamentos mais diretos. Podemos dar o exemplo de uma indústria que vem liderando o uso de criptomoedas, o gaming.

Você quer depositar em um cassino, ou uma casa de apostas online. Se usar cartão de crédito, vai precisar fornecer vários dados referentes ao cartão e à sua própria identidade. Isso significa que o pagamento depende do banco (ou financeira) que lhe deu o cartão de crédito.

Por qualquer razão, o banco pode não processar esse pagamento. E muitas vezes nem se justifica, apenas cancela a transação.

Com a criptomoeda é impossível isso acontecer. Como a blockchain processa toda a transação, não tem como o banco impedir você de fazer esse pagamento. Desde que tenha dinheiro suficiente para o movimento, a transferência cripto sempre realizada.

Os endereços na blockchain são códigos de letras e números muito longos, mas vamos simplificar. Você quer depositar 0,001 BTC em seu cassino favorito. Você manda ABC1 (o código desse 0,001 BTC) do endereço DEF2 (sua carteira de criptomoedas) para o endereço GHI3 (sua conta no cassino).

Como tudo assim é tão simples, as vantagens são várias e impactantes. Comparando com os meios de pagamento tradicionais, as criptomoedas são:

• 1 – Mais seguras, pois tudo é criptografado e processado sem interferência humana;
• 2 – Mais rápidas, pois não precisa esperar que o banco aprove o pedido;
• 3 – Mais baratas, pois não tendo banco pelo meio ele não pode cobrar taxa;
• 4 – Garantia de privacidade, pois você é identificado apenas por um endereço, não tem de enviar documentação para o banco ou para o cassino.

Nubank já trabalha com criptomoedas?

Vale a pena ressaltar que o Nubank já trabalha com criptomoedas já faz um tempo.

O Nubank anunciou sua entrada no setor de criptoativos ao oferecer a seus clientes a compra de bitcoin e Ether – da rede Ethereum – diretamente no aplicativo da empresa ainda em maio desse ano.

Além disso, a Nu Holdings, que controla o grupo Nubank, também anunciou no mesmo período que iria investir 1% do seu patrimônio em bitcoin.

Em relação à negociação de criptoativos, o plano do Nubank era começar a oferecer o serviço de forma gradativa e fazer com que toda a base de clientes seja atendida até o final de junho de 2022.

Já o investimento em bitcoin a empresa disse que tinha como objetivo “reforçar a convicção da empresa no potencial atual e futuro do bitcoin na disrupção dos serviços financeiros”.

Segundo o comunicado da empresa na época, a ideia de oferecer a negociação de criptos tinha como princípio ampliar e melhorar o acesso a esse mercado e “eliminar a complexidade” da negociação desse tipo de ativo.

“A experiência de transacionar criptoativos é muito nichada, uma vez que os clientes têm poucas informações para sentirem confiança ao entrar nesse novo mercado ou se sentem frustrados com sistemas complexos”

Explicou David Velez, CEO e fundador do Nubank, em nota.

Crescimento do mercado de criptoativos no Brasil

Segundo o que CEO disse na época da notícia, o crescimento do mercado de criptoativos no Brasil e na América Latina como um todo foi um fator determinante para a empresa decidir entrar no setor:

“Não existem dúvidas que as criptomoedas são uma tendência crescente na América Latina. Temos acompanhado o mercado de perto e acreditamos que existe um potencial transformacional na região”, disse.

O Nubank também afirmou que pretendia incluir outras criptomoedas em sua plataforma no futuro, mas ainda não há confirmação de data ou tokens que serão acrescentados.

Então como podem ver o banco digital já vem visando o mercado de criptomoedas faz tempo, e antes do lançamento ferramenta citada ainda pouco, o Nubank já permitia o investimento em criptoativos através de fundos e ETFs que podiam ser adquiridos na plataforma NuInvest, anteriormente conhecida como Easyinvest, que é a corretora parceira da fintech.

Além disso, as negociações com criptmoedas diretamente no app do Nubank se tornou possível devido a uma parceria com a Paxos. Uma empresa do setor de cripto e blockchain que já havia desenvolvido sistema semelhantes com o PayPal e o Mercado Pago.

A Paxos era a responsável pela corretagem e custódia dos ativos digitais negociados nas plataformas.

“Estamos empolgados com esta parceria com o Nubank. O alcance e o impacto da empresa no país garantem que ainda mais pessoas possam mergulhar neste universo. Este é um movimento estratégico não apenas para o Nubank, mas para uma aceleração ainda mais veloz da adoção de criptomoedas na região”.

Disse Charles Cascarilla, cofundador e CEO da Paxos na época

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