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A desde terça-feira (02/01), consumidores e investidores que realizam operações em dólar têm motivos para comemorar: o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi reduzido de 5,38% para 4,38%. Essa mudança representa um alívio financeiro significativo para quem realiza compras internacionais com cartão de crédito, seja em viagens ao exterior ou em compras online de outros países.
A redução do IOF também se aplica a transferências internacionais e saques no exterior realizados com cartão de crédito. Essa medida faz parte de uma estratégia do governo de diminuir gradativamente o IOF em operações internacionais até sua extinção prevista para 2028. O cronograma de redução estabelecido prevê quedas anuais de 1 ponto percentual, começando com 5,38% em janeiro de 2023 e alcançando zero em janeiro de 2028.
Embora essa redução seja uma notícia positiva, é importante ressaltar que outras modalidades de aquisição de dólares ainda podem ser mais vantajosas, dependendo do propósito da compra. Por exemplo, a compra de papel moeda e transferências internacionais podem ter um IOF de apenas 1,1%, uma taxa significativamente menor em comparação com a do cartão de crédito.
Para quem planeja viajar para o exterior, a recomendação de Bruno Mori, planejador financeiro CFP pela Planejar, é adquirir dólares em lotes, ao longo do tempo, para obter uma média de câmbio mais favorável. Já para investimentos internacionais, além da taxa de câmbio, é crucial considerar outros fatores como o custo de oportunidade do investimento, o volume aplicado e o prazo.
É essencial entender as nuances das taxas de IOF aplicáveis às diferentes operações:
- Na compra de papel moeda, o IOF é de 1,1%.
- Transferências de uma conta corrente local para contas em dólar em corretoras (como XP, Nomad, e Wise) têm IOF de 1,1% se forem para o mesmo CPF e 0,38% para terceiros.
- Para compras, transferências e saques com cartões de crédito ou pré-pagos, o IOF é de 4,38%.
Além do IOF, outro fator crucial é a taxa de câmbio, que varia entre o dólar comercial e o dólar turismo. O dólar comercial é negociado em Bolsa e usado como referência pelas corretoras digitais e cartões de crédito. Já o dólar turismo, adotado pelas casas de câmbio e cartões pré-pagos, inclui algumas taxas bancárias adicionais.
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As taxas bancárias, ou spread, representam o lucro das instituições financeiras nas operações de câmbio. Estas taxas variam entre 1% e 3%, dependendo da instituição, e são aplicadas sobre o valor total da conversão.
Diante dessas informações, Mori aconselha que as corretoras digitais oferecem as taxas mais competitivas e o IOF mais baixo, sendo excelentes opções tanto para viagens quanto para investimentos. Ele sugere que papel moeda e cartão de crédito sejam considerados opções de emergência, devido às suas taxas bancárias e IOFs mais elevados.
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