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Meta de inflação: mudança pode impactar o mercado?

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Na última quinta (29), Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, anunciou que o governo decidiu mudar o regime de metas de inflação. A meta será contínua em 3% a partir de 2025 e não mais levando em conta o ano-calendário, ou seja, de janeiro a dezembro. Dessa forma, a meta será definida sem calendário fixo estabelecido.

Segundo Haddad, o “horizonte relevante” a ser perseguido com a meta contínua será definido pelo Banco Central, mas provavelmente será de 24 meses, seguindo o exemplo de outros países. 

Confira abaixo a opinião de alguns especialistas do mercado financeiro sobre o assunto:

Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos

“Foi sem dúvida a decisão mais prudente, por conta do contexto econômico, em que uma mudança agora na meta da inflação geraria uma instabilidade econômica e pressão sobre juros, inflação. Geraria também dúvida no investidor local, mas principalmente no investidor estrangeiro e institucional. Tudo isso traria muito mais instabilidade para a economia e para o País, do que traria pontos positivos.

Foi a decisão mais assertiva do que uma mudança na canetada. Ver essa trajetória ao longo do tempo é mais inteligente, até para que as regras do jogo sejam mais claras para todos os participantes do mercado”.

Dierson Richetti, sócio da GT Capital

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“Não é só a questão dos 3%. Essa decisão mostra de fato para o mercado uma união entre o Banco Central, o Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento para manter um equilíbrio macroeconômico para o Brasil. Mostra que as três áreas estão trabalhando de uma maneira correta e para um mesmo caminho. E que as casas estão de acordo com a política que vem sendo adotada pelo Banco Central. 

O ponto que eu chamo mais atenção da reunião foi o consenso em relação à nova metodologia que vai ser implantada a partir de 2025. Atualmente tem-se um único ano para se buscar a meta, mas a partir de 2025 terá início o regime contínuo, que é um processo muito mais eficiente, na minha visão. Além disso, é um modelo implantado no mundo inteiro hoje e isso dá mais margem para o Banco Central poder trabalhar melhor a banda e o controle da inflação porque há uma previsibilidade maior de tempo”.

Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed

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“Eu vi a decisão como muito positiva, tanto é que a resposta do mercado também foi muito boa, assim que houve o anúncio, com DIs caindo e bolsa subindo. A decisão veio em linha com o que o mercado esperava. Esse é o ponto mais importante, já que existia uma dúvida em relação ao que seria feito. Então, a manutenção da meta em 3% e a transformação de ano-calendário em meta contínua são notícias muito positivas. Nessa sexta, podemos ver uma continuidade desse movimento otimista se os indicadores a serem divulgados vierem em linha também”.


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