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Retrocesso: Governo Lula quer acabar com projetos de saneamento privados

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Investidores seguem perplexos com a falta de clareza do governo federal em relação ao novo marco regulatório do saneamento, que busca universalizar os serviços de água e esgoto até 2033.

Anteriormente, a expectativa era de que a iniciativa privada liderasse os investimentos no setor, mas o governo Lula tem aumentado as incertezas sobre novos projetos de privatização, podendo até cancelá-los.

A situação é crítica: ao menos cinco projetos estruturados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão em estágio avançado de formulação da modelagem para concessão ou privatização, mas a maioria deles pode nunca sair do papel.

Entre os projetos, um dos mais adiantados é o do município de Porto Alegre (RS), que também prevê investimentos em drenagem de águas pluviais. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), uma autarquia municipal, é responsável pelo saneamento na capital gaúcha.

Uma das principais preocupações é que o viés mais intervencionista do governo federal pode fazer as administrações estaduais repensarem o modelo. Se os projetos não forem cancelados, vão precisar de mais tempo para serem amadurecidos.

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De acordo com um executivo de um banco de investimento, que falou sob condição de anonimato ao Bloomberg Linea, os estados de Sergipe e Pernambuco devem esperar até 2024 para colocar seus projetos em prática, na esperança de uma melhora no cenário macroeconômico.

Estimativas governamentais e do setor apontam que a meta de universalização dos serviços de água e esgoto até 2033 demandará investimentos de mais de R$ 800 bilhões.

Projetos de parceria entre o poder público e a iniciativa privada foram contratados para estudos, mas a falta de clareza do governo federal em relação aos novos marcos regulatórios têm deixado os investidores preocupados.

A instabilidade política e econômica gerada pela insegurança governamental é prejudicial para o desenvolvimento do país, especialmente em um setor tão vital para a qualidade de vida da população.

Os investimentos em projetos de saneamento, estimados em cerca de R$ 118 bilhões, estão concentrados apenas na carteira do banco de fomento. Embora 12 leilões já tenham sido realizados desde a aprovação do marco, com R$ 61 bilhões contratados até dezembro do ano passado, o ambiente para novas concessões mudou negativamente.

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Uma fonte envolvida nos estudos afirmou que projetos estaduais podem ser paralisados, especialmente aqueles liderados pelo BNDES, devido a uma decisão política de preservar as estatais. Além disso, a maioria dos projetos em carteira ainda não está madura o suficiente para serem licitados e devem ser adiados para o próximo ano. Apenas Porto Alegre e Sergipe têm projetos mais avançados, com possibilidade de licitação ainda este ano.


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