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Não “arregou para o Lula”: Copom mantêm Selic em 13,75% ao ano

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A super-quarta chegou. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano, em linha com as expectativas do mercado e contra a opinião do presidente Lula, que anunciou em público nos últimos dias sua opinião contrária a política contracionista adotada pelo BC. Essa foi a quinta reunião consecutiva em que o Copom manteve a taxa Selic inalterada, após a série de aumentos ocorrida no ano anterior, já na tradicional reunião periódica do Banco Central que determina as vigências das taxas básicas de juros a cada 45 dias.

De acordo com a ata da reunião, o Copom avaliou que o cenário externo se deteriorou desde sua última reunião, devido a episódios envolvendo bancos nos EUA e na Europa, que elevaram a incerteza e a volatilidade dos mercados. Além disso, a política monetária nas economias centrais segue avançando em trajetória contracionista. No entanto, os dados recentes de atividade e inflação globais se mantêm resilientes.

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No cenário doméstico, o Copom destacou que o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue corroborando o cenário de desaceleração esperado pelo Comitê. Por outro lado, a inflação ao consumidor, assim como suas diversas medidas de inflação subjacente, segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2023 e 2024 também se elevaram desde a reunião anterior do Copom.

Diante desse cenário, o Copom optou novamente por dar ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, referente ao terceiro trimestre de 2024, cuja projeção de inflação acumulada em doze meses situa-se em 3,8%. O Comitê julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual.

O Copom ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se uma maior persistência das pressões inflacionárias globais, a incerteza sobre o arcabouço fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajetória da dívida pública, e uma desancoragem maior, ou mais duradoura.

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O Comitê ressalta que permanecem fatores de risco em ambas as direções. Considerando esses cenários avaliados, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% a.a. O Comitê seguirá vigilante e poderá ajustar a política monetária se o processo de desinflação não transcorrer como esperado. Votaram pela decisão todos os membros do Comitê.


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