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Drex: o que dá pra fazer com o “real digital”?

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Especialista comenta criação de novos serviços e necessidade de adaptação tecnológica em 2024.

Assim como o Pix revolucionou os meios de pagamento no Brasil, há grandes expectativas em relação ao lançamento do Drex, moeda digital do Banco Central prevista para o final de 2024. Uma pesquisa conduzida pela PwC Brasil aponta que 83% dos executivos acreditam que os ativos digitais, como o Drex, terão impacto disruptivo no país.

O Drex será operado exclusivamente pela plataforma homônima pertencente ao Banco Central. A emissão será realizada pelo BC para o atacado e pelas instituições autorizadas para o varejo. Diferente de serviços financeiros atuais, ele viabilizará o condicionamento de transações a requisitos acordados entre as partes, por meio de contratos inteligentes.

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Segundo Cristiano Maschio, especialista em pagamentos e CEO da fintech Qesh, a moeda digital trará diversos benefícios aos empreendedores: “Eles poderão experimentar acesso a novos mercados e clientes, redução de custos com taxas de transação, além de maior eficiência e segurança em operações online”.

Maschio explica que o Drex é um ativo digital baseado em tecnologia de razão distribuída (DLT): “Em síntese, funciona como banco de dados compartilhado, em que pessoas podem adicionar e rastrear transações sem a necessidade de intermediários. Nesse modelo, a automação das transações e gerenciamento de riscos reduzem a dependência da confiança mútua”.

Oportunidades no varejo

Segundo Maschio, o Drex abre caminho para a transformação das negociações entre agentes do mercado. O especialista destaca alguns exemplos:

1. Pagamentos interconectados: A introdução do Drex incentiva um ecossistema de pagamentos interconectado, permitindo transições entre compras online e offline, além de facilitar parcerias entre varejistas e provedores de serviços financeiros para oferecer soluções unificadas aos consumidores.

2. Integração de recursos: A adoção também impulsiona a criação de plataformas que integram recursos financeiros digitais, como programas de cashback, investimentos automatizados e gestão financeira, proporcionando uma experiência mais completa.

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3. Personalização de ofertas: Varejistas podem coletar dados financeiros dos clientes de forma mais eficiente, possibilitando a personalização de ofertas com base no histórico de transações, comportamento de compra e preferências, aumentando a relevância das promoções.
 

Desafios da implementação nos negócios

No entanto, a adoção do Drex como forma de transação no varejo traz alguns obstáculos, como pontua Maschio:

1. Adaptação tecnológica: É necessário se adaptar tecnologicamente para aceitar as novas transações digitais. Isso envolve investimentos em infraestrutura e treinamento de pessoal, além da adequação regulatória.

2. Riscos de segurança: A segurança cibernética é outra preocupação. O varejo deve implementar medidas robustas para proteger informações financeiras dos clientes e evitar fraudes, aumentando assim a complexidade das operações e os investimentos em segurança digital.

3. Educação do consumidor: A falta de compreensão sobre transações digitais pode levar a adoção mais lenta, exigindo esforços de marketing e conscientização sobre o uso e benefícios do Drex.

“O impacto do Drex é iminente e transformador. Investir em tecnologia para implementá-lo otimiza processos internos e mantém a empresa competitiva no mercado. Caso contrário, organizações despreparadas podem enfrentar prejuízos à reputação, incluindo insatisfação do cliente, vazamento de dados e possíveis multas regulatórias”, ressalta o executivo.

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