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Nas bolsas americanas, a hora é de cautela: recomenda o Morgan Stanley

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O mercado americano de ações foi o “lugar dos sonhos” para empresas e investidores durante muitos anos. No entanto, nos últimos tempos a situação parece ter mudado. Com a explosão da inflação na terra do Tio Sam, o FED, o Banco central americano adotou uma postura de controle e de juros altos, o que vem tirando parte do brilho que antes era a marca registrada do sonho americano.

A prova disso está nos indicadores: o índice Dow Jones registra queda de 13,7% no acumulado do ano. No mesmo período, o S&P 500 recua 17,7% e o Nasdaq cai 26,3%.

Mas como tudo o que está ruim pode piorar, como diz o ditado popular, o Morgan Stanley alerta que a situação no mercado acionário americano não deve melhorar tão cedo.

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O banco, uma das poucas grandes instituições de Wall Street a prever que a renda variável americana iria sofrer em 2022, aponta para uma nova fonte de problema.

Em relatório obtido pelo site americano Marketwatch, Mike Wilson, estrategista do Morgan Stanley, alerta para os efeitos que a desaceleração econômica deve ter sobre os resultados das empresas. Ele cita uma série de indicadores que aponta para uma piora da situação, levando seu modelo de previsão de resultados a reduzir as expectativas para o desempenho das companhias.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial do Instituto para Gestão da Oferta (ISM), que acompanha a situação da indústria americana, é um dos indicadores utilizados no modelo. Em agosto deste ano, ele ficou estável em 52,8 pontos, mesma leitura de julho.

Outro indicador utilizado é o de gastos com construção, do Departamento de Comércio. Em julho, ele recuou 0,4%, após registrar uma queda de 0,5% em junho.

“Com o Fed descartando enfaticamente qualquer esperança de uma mudança de postura, acreditamos que o mercado de ações pode estar entrando em uma nova fase”, escreve Wilson, que acrescenta: “Em contraste com a primeira fase, desta vez, a queda nas ações virá em sua maior parte de um aumento do prêmio de risco e baixos resultados das empresas do que do aumento das taxas de juros”.

As medidas do Fed têm sido, até o momento, o principal fator que pressiona as bolsas dos Estados Unidos e do mundo. O desempenho das companhias, por sua vez, não foi um ponto problemático para os investidores até o momento, mas os analistas estão começando a revisar para baixo suas estimativas.

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Levantamento feito pela consultoria Factset mostra que a mediana das projeções para o lucro por ação das empresas no S&P 500 no terceiro trimestre caiu 5,4% nos meses de julho e agosto, comparado com o que se calculava entre junho e agosto. Segundo a companhia, a intensidade da revisão supera a média apurada dos últimos 15 trimestres.


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